quarta-feira, 30 de novembro de 2011
MULHER PÁSSARO
Há muito tempo procuro
por minhas asas
sei que as tenho
desde que nasci
...
acredito que posso voar
agora
meu coração
sinto pulsar
em minhas mãos
minha alma flutua
... leve
sinto que renascerei
das cinzas
em breve, o céu...
sou uma mulher-pássaro
e mulheres-pássaros podem voar...
O céu é meu limite...
Ianê Mello, em "Um Grito Poético", inspirado em René Magritte.
Escutem meu GRITO!!!!
VENHAM GRITAR TAMBÉM!!!!!!
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Um Grito Poético
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Delirante Desejo
te quero
te espero
te espreito
no escuro do quarto
no aconchego da cama
te busco
tateio no escuro
te pego
te toco
te mordo o pescoço
te lambo a nuca
te sussurro no ouvido
palavras nuas
palavras cruas
palavras suas
te aperto
te cheiro
te prendo em meus braços
te enlaço em minhas pernas
te quero agora
sem demora
vem, meu amor
com calma
com alma
me toma...
...
sem pressa.
Ianê Mello
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Palavra Liberta
palavras...palavras...
nem sempre exatas
imprecisas palavras
palavras comedidas
palavras sufocadas
palavras enjauladas
palavras perdidas
palavras mutiladas
palavras nutridas
palavras em botão
palavras sim
palavras não
palavras de bom tom
palavras semitonadas
palavras desafinadas
palavras soltas
palavras asas
....
AVE PALAVRA!!!!!!
Ianê Mello
Créditos de Imagem: Borodin Alexey
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Diálogos Poéticos " Círculo Vicioso "
Venha conferir essse excelente diálogo em "Diálogos Poéticos"
Colaboradores: Joe Brazuca, J.F. de Souza, Ianê Mello, Fred Matos, Lara Amaral
Natureza Animal
Ouço esse som que pouco a pouco,
a cada acorde,
penetra pelos meus poros,
tomando meu corpo
e minha alma de súbito,
sem que eu possa controlar.
a cada acorde,
penetra pelos meus poros,
tomando meu corpo
e minha alma de súbito,
sem que eu possa controlar.
Fecho os olhos e a viagem começa,
longa e profunda,
para dentro de mim mesma,
ao vibrar desses acordes.
Me perco em meus labirintos e me entrego
aos meus instintos.
longa e profunda,
para dentro de mim mesma,
ao vibrar desses acordes.
Me perco em meus labirintos e me entrego
aos meus instintos.
Meu lado humano, pouco a pouco,
cede lugar ao animal que em mim habita,
louco para se libertar.
cede lugar ao animal que em mim habita,
louco para se libertar.
Não, não preciso de nenhum alucinógeno,
nem de nenhuma bebida alcoólica.
nem de nenhuma bebida alcoólica.
Não preciso de nada que embote
ou entorpeça
meus sentidos.
Pelo contrário, quero-os cada vez
mais aguçados.
Como aguçados os sentidos de um animal
que fareja,
sentindo cada odor, pressentindo
cada perigo e segue em busca de seu território.
ou entorpeça
meus sentidos.
Pelo contrário, quero-os cada vez
mais aguçados.
Como aguçados os sentidos de um animal
que fareja,
sentindo cada odor, pressentindo
cada perigo e segue em busca de seu território.
Minha viagem é pura, pois que puro é o instinto
que nos move, nos protege, ao mesmo tempo
que nos impele à aventura.
que nos move, nos protege, ao mesmo tempo
que nos impele à aventura.
É o pulsar do sangue em minhas veias.
É o sentir intenso; pela minha própria natureza.
É o sentir intenso; pela minha própria natureza.
As notas entram, vibram, uma a uma,
fervilhando o sangue em minhas veias.
Se espalham por todo o meu corpo como partículas
sonoras de cores vivas e penetrantes.
fervilhando o sangue em minhas veias.
Se espalham por todo o meu corpo como partículas
sonoras de cores vivas e penetrantes.
Agora eu sou a música; nela me transmuto.
Sou as cordas da guitarra que vibram.
Sou os dedos que as tocam com agilidade e destreza.
Sou ela.
Sou ânima e animus.
Masculino e feminino.
Mulher e animal.
Sou as cordas da guitarra que vibram.
Sou os dedos que as tocam com agilidade e destreza.
Sou ela.
Sou ânima e animus.
Masculino e feminino.
Mulher e animal.
Sou alma pura que transcende a identidade,
a dualidade do ser, o humano e o animal, o racional
e o instinto.
a dualidade do ser, o humano e o animal, o racional
e o instinto.
Sou meio mulher, meio loba, a correr livremente
pelos vastos campos ao som dessas dissonantes
notas musicais.
Notas que oscilam, que vibram e se elevam
e se retraem como um coração a pulsar,
em seu eterno movimento, em seu batimento
que traduz a vida.
pelos vastos campos ao som dessas dissonantes
notas musicais.
Notas que oscilam, que vibram e se elevam
e se retraem como um coração a pulsar,
em seu eterno movimento, em seu batimento
que traduz a vida.
Ah! Que poder a música exerce sobre mim,
quando ao sentí-la me liberto dos grilhões
que me acorrentam, das grades que me contem:
animal aprisionado.
quando ao sentí-la me liberto dos grilhões
que me acorrentam, das grades que me contem:
animal aprisionado.
Sou o puro sentir.
Os sentidos cada vez mais aguçados, o
sangue a fluir pelas veias...quente.
Os sentidos cada vez mais aguçados, o
sangue a fluir pelas veias...quente.
Por todo o meu corpo, posso sentí-lo correr
acelerando meus batimentos cardíacos.
acelerando meus batimentos cardíacos.
Abro meu peito sem medo e com todas
as minhas forças deixo sair de mim um grito
gutural, que provêm das entranhas do meu ser.
Um grito animal, selvagem, que se liberta...
e ouve-se um uivo profundo que se espalha pelo ar...
nessa noite em que do alto do escuro céu a lua brilha.
as minhas forças deixo sair de mim um grito
gutural, que provêm das entranhas do meu ser.
Um grito animal, selvagem, que se liberta...
e ouve-se um uivo profundo que se espalha pelo ar...
nessa noite em que do alto do escuro céu a lua brilha.
Ianê Mello
domingo, 20 de novembro de 2011
Serei eu essa que fito?
me abstenho
me abasteço
me anulo
me mostro
me perco
me acho
me invado
me acovardo
me gosto
me odeio
me visto
me dispo
me abro
me tranco
me surpreendo
me espanto
me calo
...
me olho...
...
não me vejo
Ianê Mello
Créditos de imagem: Foto de Devian Art
Esquadros
traço ângulos
perpendiculares
(tri) ângulos
(re) ângulos
circundo retas
(semi) círculos
traço paralelas
(re) traio
(con) traio
expando
espio
esquadrinho
(re) cantos
recônditos
escaninhos
crio nichos
esconderijos
cavidades ocultas
(a) dentro
por dentro
...
e fico.
Ianê Mello
Créditos de imagem : Pintura de Kandinsky
*Inspirado na música Esquadros
sábado, 19 de novembro de 2011
Cores Interditas
mãos abertas
em feridas
que não cicatrizam
perdestes a fé
o tempo passa
anos sem sentido
guerra insana
milhares dão a vida
por você...
e tudo morre
amor em cores proibidas...
... vermelho amor ...
emoções despertas
mãos enterradas no solo
mãos cravadas em mim
dentro de mim
sujas de terra
lavadas em sangue
a vida em círculos inúteis
perco o chão
não o sinto sob meus pés
meu amor veste
cores proibidas...
Ianê Mello
Inspirado na música Forbidden Colours...Ryuichi Sakamoto & David Sylvian
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
"Je ne regrete rien"
Para Mario Lago
dizia jamais lamentar
pois foi movido a paixão
e por ela tudo fez
sua vida um etermo espetáculo
não foi como "Carolina" de Chico
que a vida viu passar pela janela,
tampouco assistiu de camarote,
sempre esteve na passarela
Grande Mario, lago fértil
profundo em suas águas
em tudo se fez intenso
por tudo se fez amante.
Ianê Mello, em Vozes em Madrigal, homenagem à Mário Lago.
domingo, 13 de novembro de 2011
Moinho Vermelho
O Moinho Vermelho gira
mulheres dançam can-can
no cabaré a meia luz
brilhos e paetês
homens endinheirados
boêmios confessos
artistas empobrecidos
poetas embriagados
olhos de cobiça
no palco iluminado
a noite é festa
na cidade parisiense
no terraço enluarado
casais trocam carícias
preliminares do amor
Moulin Rouge
onde Paris se espelha
em desejos e delícias
Ianê Mello
* Créditos de imagem : Pintura de Toulouse Lautrec
sábado, 12 de novembro de 2011
Música que liberta
Feche os olhos e sinta
O toque penetrante
dessas cordas vibrantes
na pungência da emoção
Deixe penetrar em seu coração
e a alma flutuar leve
Libere seu sentir
Não contenha os sentimentos
Simplesmente sinta
...deixe-se fluir
e será como um rio caudaloso
escorrendo e lavando a dor
Sinta o sangue a correr em suas veias
Sim...você está vivo!
Deixe-se tomar por inteiro
A música invadindo seu corpo
e penetranto em sua alma
Apenas sinta...
Solte seu corpo
Se liberte das amarras
... Se solte...
e numa explosão de amor
..... dance
........ dance
............... dance .........
a dança do amor sem fronteiras
Ianê Mello
*Inspirado em Trio Joubran - The music is from album "Sou' Fahm"- Samir Joubran
Ouça:
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Vinho de Verão
caminho na cidade
numa terra estranha, inóspita
os pés calejados
vestidos em botas de couro
armado de esporas de prata
que soavam no silêncio
das ruas nuas
das casas fechadas:
cidade fantasma
ela me avistou ao longe
ouviu o som de minhas esporas
caminhou serena em minha direção
cabelos ao vento
pés descalços, alma nua...
...desarmada...
era a visão de um anjo
em meio a aridez desértica
ofereceu-me vinho,
morangos, cerejas e
um doce beijo,
de um anjo,
em meus lábios deitou...
sorvi o frescor do vinho
...vinho de verão.
Ianê Mello
*Inspirado em Summer Wine - The Corrs e Bono Vox
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Adormecer em Mim
Não, não quero mais palavras rotas
despidas de significado
quero o silêncio
que embala as madrugadas
solitárias ...
quero a ausência de som
preciso me ouvir
meus batimentos
meu pulsar
meu ritmo
quero a solidão das horas
do tempo presente
quero tempo
pra ter tempo
de pensar no futuro
quero o escuro
apague...
apague essas luzes que me cegam
para que eu possa melhor me ver
a claridade não me permite
olhar pra dentro
são muitas as distrações
os convites aos olhares curiosos
preciso de mim mesma
de meus próprios olhos
fechados em mim
voltados pra dentro de mim
preciso de mim
para encontrar
minha paz
meu remanso
minha sintonia
e depois, quem sabe,
adormecer...
Ianê Mello
Créditos de imagem: Foto de Monalli
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Moçambique chama...
" A vida é demasiado preciosa
para ser esbanjada num mundo desencantado."
Mia Couto, in Jerusalém
Moçambique clama por suas palavras
por sua presença amorosa
pela visão de seus olhos profundos:
olhos da infância querida.
Clama por aqueles dias
dias de intenso viver
em que o tempo era infinito
e a esperança sorria em seus lábios
Você que teve no medo seu primeiro mestre
temendo monstros, fantasmas e demônios
só conhecendo os anjos tempos depois
quando vieram para guardar sua alma
Você que crê no amadurecimento da dor
em seu intenso sentir, corpo e alma,
para que se dilua no correr do tempo infinito,
no choro que escorre dos olhos em lágrimas sentidas
Você que com o próprio sangue escreveria
e até mesmo em seu próprio corpo,
caso tinta e papel não houvessem,
mas não calaria a sua voz jamais
Você, que cantou a África, em versos,
como tradutor fiel de suas dores,
dando voz ao seu silêncio negro,
transmutando morte em vida.
Ianê Mello, em Homenagem a Mia Couto.
Natureza Selvagem
"Há um prazer nas florestas desconhecidas;
Um entusiasmo na costa solitária;
Uma sociedade onde ninguém penetra;
Pelo mar profundo e música em seu rugir;
Amo não menos o homem, mas mais a natureza..."
Lord Byron
na natureza selvagem
agora eu caminho
mistérios me acompanham
desconhecidas rotas
sinto que estou caindo
caindo em segurança
de um mundo produzido
que não era meu
para um mundo natural
cada vez mais para dentro
para dentro de mim
protegido pelo animal
que me habita
pela minha natureza selvagem
as luzes do que um dia fui
se apagaram
não sei mais quem sou
não, mas não tenho medo
eu tenho essa luz que me guia
que está dentro de mim
na solidão das minhas noites
em que me encontro comigo
com a minha natureza selvagem
longas noites passarei
lobo solitário
a uivar para a lua.
Ianê Mello
Inspirado em Long Nigh - Eddie Vedder
domingo, 6 de novembro de 2011
Gozo Profundo
A carne trêmula
desejos febris
bocas arfantes
se procuram...
mãos em carícias
dedos, línguas, pele
nos corpos nus
liquefeitos em suores
odores de almiscares
um cheiro de amor
espalhado no ar
a enlouquecer...
amor sem fronteiras
busca do prazer
sem limites
seu corpo no meu
meu corpo no seu
......
dentro...
......
estremecem num só
amantes em uníssono
explodem num gozo
que lentamente escorre
...
manchando os lençóis.
Ianê Mello
Proibido Ultrapassar

Olha, tenha cuidado,
não venha ultrapassar
o limite que é meu.
Nem deves ousar tentar:
esse campo não é seu.
Se público ele fosse
estaria a céu aberto
para qualquer um transitar,
mas estás vendo, decerto,
porque teimas em avançar.
Venha com calma, seu moço,
que os cães podem ladrar
e não pense que não mordem,
é melhor não provocar...
Se queres ser bem vindo
achegue-se bem devagar,
um pouco de cada vez...
... observe com o olhar...
depois de um tempo talvez
possa deixar-te entrar.
Mas que fique já bem claro
que lutei por esse espaço
e sempre o defenderei,
pois me é caro e raro.
Não o entregarei a ninguém
pois com minhas mãos eu faço
a cerca que me convêm.
Ianê Mello
Tela em Branco
Peguei minhas tintas,
meus pincéis e minha tela,
cavalete e banquinho
e me sentei para pintar
Num sorriso percebi
quantas cores belas
a saltar em meus olhos
Azul, vermelho, amarelo
rosa, laranja, verde
......
Resolvi todas misturá-las
e procurar meu próprio tom
Algo que fosse entre
o laranja e vermelho,
o azul e o verde,
o rosa e o lilás...
uma cor especial
que expressasse meu ser
Olhei para a tela em branco,
a paz me iluminou
e, como, num encanto percebi,
minha cor já era aquela.
Ianê Mello
Créditos de imagem: Jerry LoFaro
sábado, 5 de novembro de 2011
O BEIJO DE UM ANJO
Philip Glass - The Kiss (HD)
Na rua um corpo de mulher
nu... atirado ao chão
a chuva a encobrí-lo
como um manto
em pesadas gotas
faz muito frio...
parece adormecido
entregue a dor tão profunda
que não se move
deixando a água a fluir sobre si
como um rio que banha
momentaneamente se move
aparentemente desperto
de um sono profundo
mas não encontra
forças para se erguer
e assim se mantem ao chão
mas seu espírito se eleva
nas asas de uma libélula
um anjo de luz
que voeja em raios de sol
num vôo de libertação
O sol perpassa
as gotículas de chuva
e nuvens se formam
e se avolumam
cálidas, alvas e envolventes
e brilham como estrelas
que pouco a pouco vestem
esse corpo de mulher
envolvendo sua nudez
em flocos brilhantes
enquanto seu corpo
antes inerte se ergue mais e mais
e ao ir se erguendo
quando completamente
coberta por uma veste
de nuvens algodoadas
de uma brancura alva
e purificadora
começa lentamente a caminhar
em direção a branca luz
e dela se aproxima
compreendendo o real sentido
compreendendo que sua vida findara
entrega seu corpo ao negro pássaro
e sem mais resistência
liberta seu corpo que jaz
Assim...
Inicia-se o bailado da vida e da morte
e a alma, enfim, se liberta.
Ianê Mello
Inspirado em Philip Glass "The Kiss".
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Falsa Imagem
Cai dessa pose
será que você não vê
orgulho não leva a nada
somos todos iguais
carne e osso
filhos do pó de estrelas
nascidos para brilhar
então me olha
e me vê
além da aparência
sou humana como você
tire a máscara da vaidade
que sua face encobre
mostra seu eu verdadeiro
sua essência mais nobre
pois no fim de tudo
pó que somos
ao pó retornaremos
Ianê Mello
Terapia do Ócio
Tem coisa mais gostosa
do que deitar numa rede
e adivinhar desenhos nas nuves?
Ficar de papo pro ar
sem ver o tempo passar
em verdadeira preguiça?
Entregar-se ao ócio
e dele fazer terapia
descansando dessa vida
de eterna correria?
Ah, vai dizer que não
que é pecado então
e pura perda de tempo
deixar escorrer as horas
esquecer o mundo lá fora
e na cama se aninhar
deitar o corpo no gramado
fechar os olhos bem fechados
e ouvir os pássaros a cantar
sentindo a doce brisa
seu rosto acarinhar
Quero ser bicho-preguiça
e viver esses momentos
sem culpa, nem ressentimentos
pois se a vida é para ser curtida
vamos fazê-la valer a pena.
Ianê Mello, em Sábado Poético, Os sete Pecados Capitais - Preguiça.
Conversa com Drummond
Para Carlos Drummond de Andrade
O quanto você riria, poeta
um riso frouxo e feliz
de ver sua estatueta
em plena praia de copacabana
você, mineiro de Itabira,
tendo a seu lado, simplório,
debaixo de pleno sol,
sem pruridos ou vergonha,
sem com nada se importar,
homem de origem simples
sentado a conversar
vai se saber que prosa
ele está a entoar
mas parece animado
de contigo prosear! ...
Há, como ririas, poeta,
ao ver seus pequenos óculos,
aquele mesmo com que lias
ser retirado na madrugada
sabe-se lá com que intuito
por uma pessoa qualquer,
e, ao amanhecer, numa faixa,
você riria ao ler:
"não roubem meus óculos,
leiam meus livros" !
Mas que povo engraçado,
você certamante pensaria,
roubar um óculos
apenas por puro prazer
já que nem servem para ler!
Querido poeta, que saudade
de seus versos que universos
desvendaram para mim
em meu coração permaneces,
mineirinho de itabira,
e com carinho me recordo:
"Vai, Carlos! ser gauche na vida."
Ianê Mello
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