A casa vazia e fechada
Janelas cerradas...
Paredes em ruínas
Pelo que dela restou
percebe-se que foi, um dia,
uma bela e confortável casa
Quem terão sido seus habitantes?
Seria uma família numerosa?
Quantos sonhos e desejos
foram em suas paredes abrigados?
Quantas alegrias foram nela vivenciadas?
Quantos segredos escondidos em seus recantos?
Quanta tristeza, quanta dor e traição?
Pelo que dela restou
percebe-se que foi, um dia,
uma bela e confortável casa
Quem terão sido seus habitantes?
Seria uma família numerosa?
Quantos sonhos e desejos
foram em suas paredes abrigados?
Quantas alegrias foram nela vivenciadas?
Quantos segredos escondidos em seus recantos?
Quanta tristeza, quanta dor e traição?
No jardim abandonado,
que outrora devia ser belo,
que outrora devia ser belo,
crescem plantas rasteiras
e o matagal toma conta do quintal
e o matagal toma conta do quintal
Os frutos das árvores,
um dia suculentos, colhidos no pé
um dia suculentos, colhidos no pé
hoje apodrecem, caidos ao chão
Essa casa que um dia
abrigou essas pessoas,
livrando-as do frio e das intempéries,
servindo-lhes de teto, de refúgio,
aconchegando-lhes entre suas paredes
Hoje, abandonada e esquecida
tornou-se apenas escombros
...
...
Essa casa que um dia
pode ter sido um lar...
Ianê Mello
11 comentários:
Bonito.
Me lembrou uma velha casa,
construída pelo tio de minha mãe,
mas nunca terminada e hoje abandonada
dentro (porém, afastada) do terreno
onde fica a fazenda de meu avô. =]
Tanto em suas paredes a contar...
- Gostei do paralelo "casa" e "lar".
Grande abraço, Ianê!
* Te aguardo!
Casas em ruínas são lugares da memória e tu soubeste captar essa ideia no teu poema. Lindo.
Beijo
Ianê, gostei muito deste poema... o abandono da casa, metaforicamente o abandono de algo/alguém, que não casa...
Ainda não tive oportunidade de lhe agradecer o convite, para o blogue colectivo... assim que o meu tempo me der um pouco de descanso, vou também tentar participar. Obrigada.
Um beijo de carinho.
Marina,
que bom ver esse sorriso de novo por aqui.
Te trouxe lembranças...hã...
isso faz parte.
Estou sempre por perto, querida.
Te acompanho.
;)
Grande beijo
Ana, é verdade...
são lugares de memórias.
Obrigada, amiga.
Grande beijo.
Graça,
bom te ver aqui.
Fico feliz que tenha gostado.
Quanto ao convite, fique tranquila, te aguardo.
Sei que irás, quando possível.
Com meu carinho.
Abandonamos coisas, pessoas, passado... A nostalgia faz parte de nós.
Beijos, Ianê!
É, amiga, com certeza que sim...
Grande beijo.
Muito bonito o poema, linda a conjugação com a foto.
Ianê sinto sempre pena quando vejo uma casa que pareceu bonita abandonada. Devia-se preservar mais essas relíquias que conta histórias de vida. Beijinhos
Olga,
seja bem vinda e obrigada.
Browm Eyes, sinto o mesmo.
Beijos às duas.
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