Pintura de Salvador Dali
A fome que sinto
não é de comida
É de amor...
Que me rói
o estômago
me corrói as vísceras
Nada preenche
nada basta
nessa falta de tudo
que me arrasta
ao fundo
mais profundo
de mim mesma
E essa ânsia
que me queima o estômago
me consome as entranhas
me rasga
me dilacera
Coração e ventre
Ferida aberta
Aberta ferida
Ianê Mello
8 comentários:
Ianê:
eu teria tanta coisa para dizer ... mas o tempo , ah, esse implacável insumo da vida ... tenho de administrar as poucas horas que a rotina devora do meu dia, para ver o que "sobra" para a poesia ... deve ser também a tua história e a de tantos outros irmãos e irmãs nas letras .... enfim ...........mas quero agradecer a Deus por ter te conhecido e pela maneira sempre generosa como me visitas e o convite para mim muito ESPECIAL de dividir o mesmo "teto" poético contigo nos DIÁLOGOS ..... e quanto ao poema, digo simplesmente que essa FOME , é que nos transforma em "devoradores" de emoções, quiçá seja graças a elas que surgem versos no cardápio ........Bjs
Há dentre as fomes, uma que resta do vazio e do insaciável do Ser e estar no mundo. E porque é livre, o amor que nutre a alma, também inquieta, exaspera, inflama.
Beijos
Ivan,
meu parceiro de ofício.
Muito bom vê-lo aqui.
Adorei seu comentário.
Grande beijo, amigo.
Mai,
Fico feliz em recebê-la.
Muito bem colocado. Obrigada.
Bjs.
Endosso as palavras da querida escritora Mai.
Texto visceral, Ianê!
Bjs
Lou,
que bom recebê-la em meu recanto.
Grande beijo.
Realmente o amor é um alimento. É um remédio que precisamos para seguir os caminhos. Belo poema, descreve muito bem. Quando há a falta dele, aí sim a dor tormenta o coração!
Machado,
Perfeita reflexão, meu amigo.
Grande beijo.
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