Detalhe
O acaso chegou para mim
como num encontro marcado
Casualidade contraditória
Destino já traçado
Vidas entrelaçadas
Almas que se reeencontram
e nem sempre se reconhecem
Quantos nessa Terra já fomos?
Em quantos corpos nossa alma habitou?
Fizemos o bem e o mal
Da pobreza e da riqueza provamos
No amor e na traição nos encontramos
Estendemos a mão aos necessitados
e por eles fomos acolhidos
Ignoramos o próximo ao nosso lado
e por ele um dia fomos ignorados
Habitamos corpos diversos
Homem e mulher já fomos
Corpos perfeitos e defeituosos
Feios e belos
Em cada vida um propósito
Em cada encarnação um recomeço
Oportunidade de retratar erros passados
De aperfeiçoamento, de resgate
Esse corpo que hoje habitamos
Nossa casa, nossa casca, nosso invólucro
Abrigo de nossa alma eterna
até o dia final, derradeiro
em que ela dele se desprenderá
e se libertará
dessa vida terrena
Se voltará ou não em outro corpo
a nós não cabe julgar
Ianê Mello
Dedico este poema ao artista e amigo Sr. do Vale"
Partículas do Sentido ", sempre grata à inspiração
que suas telas de beleza surreal me transmitem.
Partículas do Sentido ", sempre grata à inspiração
que suas telas de beleza surreal me transmitem.
8 comentários:
Linda a sua poesia, Ianê! Gosto muito dos temas metafísicos...
Parabéns!
Beijos
O artista merece belos poemas dedicados à sua obra. Vc o faz muito bem, moça, poemas sempre lindos para ele.
Beijos!
Le Goff já nos dizia que quem têm fé não precisa de fé, já quem não têm nenhuma prova será suficiente...eu me enquadrado no segundo cara tenho que no mínimo respeitar o desconhecido...
...O acaso têm muitas respostas...e é isso que faz da vida algo interessante!
Zelia,
grata pela presença e comentário.
Grande beijo.
Lara,
de fato a pintura do Sr. do Vale para mim é muito inspiradora, pelo seu toque surreal.
Obrigada, querida.
Grande beijo.
Juan,
o seu respeito pelo desconhecido, ou ainda, pelo que você não consegue crer é uma boa atitude.
Há pessoas que faltam com o respeito na crença alheia, o que acho, no mínimo, desnecessário.
Grata pela presença.
Um abraço.
Mais que um poema, uma prece.
Sr.do Vale,
sua belíssima pintura foi a fonte de inspiração.
Obrigada.
Bjs
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