Pintura de Rene Magritte
Têmpora
nua
crua
cruel
fria
Tempo
esquivo
cativo
volátil
ilimitado
Na têmpora desvanecida
Nua tez de emoções
Crua como estopa
Cruel ao envelhecer
Fria em impressões
No tempo que vaga
Esquivo que escapa
Volátil como o ar
Ilimitado em sua finitude
Seca o ar o suor
da tez fria e nua
No tempo que se faz
cativo em agoras
No ar que escapa
em profundos ais
em noites mal dormidas
Na crueza das horas
um grito atento
no delimitar as linhas
que no rosto se apegam
É chegada a hora
nos minutos sem perdão
Cai o pano
...
finda o ato
Ianê Mello
6 comentários:
O tempo na sua constante viagem de encontro ao cair do pano.
Lindo o poema com uma cadência viva imprimida pela escolha das palavras certas.
L.B.
Bonito ato.
Te desejo um ótimo final de semana, muita paz, saúde e sucesso.
abraços
Bom vê-la por aqui, Lidia!
A finitude do tempo...
Grande beijo.
HSLO,
obrigada pela presença.
Bom final de semanana para você também.
Abraço.
Waw! Intenso... pulsando e reverberando ainda aqui...
Obrigada, Francisco.
Bem vindo.
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