A saudade que sinto
é uma saudade ingrata
muito mais que uma lembrança
daquilo que um dia tive
é saudade que se agiganta
e em meu peito faz morada
saudade mais que doída
saudade malvada
daquilo que nunca tive
de tudo o que não vivi
e essa saudade me dilacera
faz sangrar o peito
e quem me dera
fosse possível não sentir
arde como fogo
inflama como chama
me deixa em desalinho
e a mim proclama
em versos que choram
em palavras que inundam.
Ianê Mello
Inspirada em Simples Saudade e Sangrando - Gonzaguinha- Intérp.: Selma Reis.
4 comentários:
Amiga Ianê, muito bom o teu poema. Certamente, o espírito do Gonzaguinha, agradece a homenagem.
Um abração. Tenhas uma linda noite.
A saudade é a mais rica e por vezes doída forma de inspiração.
Um abraço carinhoso
Saudade do que nunca se viveu é tapar os olhos para o belo que um dia foi vivido.
Em se olhar pra trás, há muitas utilidades, e inutilidades.
Beijos!
Até mais
Agradeço a todos os amigos pelos comentários.
Voltem sempre!
Beijos.
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