sábado, 12 de julho de 2014

DAS CINZAS E ESCOMBROS



Perpétua humilhação
sem pátria
sem terras
sem liberdade
banhados em sangue
sem piedade
filhos da impotência
encurralados em Gaza
em vão procuram defesa
em completo desespero
frente  a esta guerra insana
que com apetite voraz  destrói
pedaço a pedaço do que ainda resta
de uma Palestina destroçada
a hipocrisia em discursos vazios
busca justificar  tal matança
em que vítimas civis e crianças
são apenas danos colaterais


O que restará de humanidade
em meio a tanta dor?
Quanto valerá a vida humana
diante de tal tragédia?


Ianê Mello
(11.07.14)


DA SÉRIE POEMAS PELA PAZ NA PALESTNA


*Imagem retirada do Diário de Pernambuco 


2 comentários:

Marcelino disse...

Excelente, Ianê. O poeta tem como fermento principal do pão da poesia as dores de seu dia. É essencial que falemos dessas adversidades do nosso cotidiano, é o registro melhor para a História a voz sensível do poeta. Parabéns.

Samuel Balbinot disse...

Muito bom dia Ianê.. Já tinhas me add no face.. mas por lá pouco estou.. fico mais aqui no blog mesmo.. e vi o teu link e vim ao teu blog diretamente..
tua poesia retrata o que muito se vê. a humanidade só quer guerra e guerra.. lembro-me de ter visto um video de assuntos que gosto onde um dos professores disse.. pq uma criança escolhe nascer num lugar assim.. morrer tragicamente em meio a tanto fogo.. e por mais que a gente não aceite é a lei do carma.. tem-se um carma para quitar e as escolhas cabem somente ao espirito do ser em questão.. já fiz regressões e vi algumas coisas mais.. não é fácil mostrar ou falar sobre isso.. cada um tem sua opinião.. mas pode-se levar em conta.. mas que a coisa esta preta tá.. temos que dar nosso melhor.. só o amor eleva..
add teu blog na lista de leitura.. seguir não consigo não sei pq.. e faz tempo já.. diz que passei do limite..
pude ver que lançaste o teu livro.. mes que vem possivelmente vai sair o meu de sonetos dai falamos a respeito..
abjs e até sempre

lapidandoversos.blogspot.com.br