A dor do parto
Das entranhas do meu ser
Em várias me reparto
Sou uma e sou várias
Fria e nua
Na escura noite
Vazia e sem vozes
O silêncio
Lúgubre e atroz
Faz calar a minha voz
As dores da alma
Fazem-me sentir
Nas lágrimas que brotam
Da face escondida pelo tempo
Solidão como um lamento
No tempo que urge
Rugido do vento
A despertar desejos
Contidos nos recônditos
Do corpo que se fecha
Alma em ebulição
Torrente de amor e paixão
Busca incessante do equilíbrio
Abismo de ilusões
Que inquieta a paz
Que enternece os corações
E sua presença se desfaz
No vazio que me traz
Na ausência das horas
Que escoam de minhas mãos
Perdidas e vazias
Repletas de um nada
Quando deveria a tudo conter
Alento ao meu viver
E assim o tempo passa
Sem a sua presença
E no vazio da ausência
Me perco e me acho.
Ianê Mello
Em homenagem à essa doce amiga Lara, aqui publico os versos que fez para mim a partir da leitura deste poema:
Quando um pedaço te arrancam
é o momento em que evitas
encarar-te a ti mesmo, pois
será a hora em que verás
tua face mais sincera, serás
liberta do punho invasivo
que confrontaram contra
o teu estômago vazio.
http://averdadesobreanostalgia.blogspot.com/
12 comentários:
isto é se sentir completa pelos próprio méritos!
Quando um pedaço te arrancam
é o momento em que evitas
encarar-te a ti mesmo, pois
será a hora em que verás
tua face mais sincera, serás
liberta do punho invasivo
que confrontaram contra
o teu estômago vazio.
Versos para ti a partir do seu, só uma pequenina referência que fiz humildemente.
Beijos.
Ianê,
Efervescente esta alma...
Beijos, amiga.
Marcelo.
Marcelo Mayer
É uma reconstrução de mim mesma.
Obrigada pela presença.
Beijos.
Lara,
adorei a sua complemetação ao meu poema.
Vou publicá-la junto à ele, ok?
Retribuindo-lhe a carinhosa homenagem.
Beijos, querida.
Marcelo Novaes
De fato, é como ela é em alguns momentos.
Beijos, amigo.
:)
Ianê, um nome diferente, incomum.
Uma linda mulher, que gosta de coisas as quais nos aprofundamos.
abraços.
Sr do Vale
Obrigada pela sua visita e comentário.
Seja bem vindo.
Abraços.
Tem momentos em que entrar na realidade tem a dor de um parto mesmo. Entrar em contato com o vazio parece triste,mas, em outro momento vamos perceber que é preciso esvaziar para preencher com o "novo". Belíssimo poema e vai de encontro ao que todos nós sentimos em algum momento da nossa estrada.Falando em seu nome como o amigocomentou. Tenho uma sobrinha que tem parecido com o seu. Chama-se Ynaêh.É tão inteligente e bonita como vc. bjão
Elaine,
esse poema fala de sentimentos comuns a todos nós.
Com certeza, é preciso "esvaziar para preencher com o novo", como você bem sintetizou.
Quanto ao meu nome é de origem indígena, Tupi-guarani e significa : minha e tua, de nós dois.
Obrigada pelo seu carinho.
Beijão.
Nossa, Ianê. Que honra me deu publicando-me aqui ao seu lado.
Muito obrigada, deixou-me muito feliz.
Beijos! =D
Doce Lara,
a honra é toda minha.
Eu fico muito feliz com sua presença e carinho, também, é recíproco.
Grande beijo.
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