Poema
quando surges
urges urgências
imediatas
és apressado e deslizas
em palavras
que escorrem
no papel
Inexatamente exato
és perfeito
imperfeito sendo
pois que de pouco
muito se torna
e do muito
faz-se um nada
Poema
és alma lavada
purificada em pranto
Poema és sujo
nas palavras coloridas
em sangue
nas quais te embriagas
e te deleitas
Poema
és rarefeito
quando ar te falta
e te perdes no vazio
Poema
és sombrio
quando turvado na dor
te banhas em lágrimas
Poema
simplesmente és
a turbulência do momento
em que aconteces
ou a calmaria
de que por ventura padeces
Poema
simplesmente és
tempo e memória
Ianê Mello
9 comentários:
Amiga Ianê, o seu poema é uma maravilha. Você é uma grande poetisa.
Um grande abraço
Um poema
ao poema que acontece
como um vento repentino,
uma luz que se acende,
um momento que se prende
à palavra sem destino...
L.B.
Muito obrigada, Dilmar. Grande abraço.
Lidia,
lindo seu comentário em forma de poema.
Bjs, querida.
Que lindo, Ianê! Sensível e reflexivo como o próprio, poema, deve ser.
Beijo.
Obrigada, Lara. É sempre um prazer recebê-la aqui. Grande bj.
Lindo poema
bjs
Insana
belíssimo Ianê..
eu estava com saudade daqui.
bjs.Sol
Obrigada Insana e Sol.
Grande bj às duas. :)))
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