segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mente Inquieta







Minha cama macia e quente
me convida ao doce sono
mas meu coração 
não se aquieta
não se entrega em abandono
Pensamentos me acometem
e me tomam de assalto
como nuvens escuras
que se avolumam no azul do céu
A tempestade se anuncia
como encontrar a paz que anseio?
Meu corpo dorido e cansado
deixa marcas no colchão
Levanto contrariada
É o que me resta no momento
Encontrar algo a fazer
que leve embora esse tormento
Nessas horas eu encontro
na poesia minha salvação
e a ela me entrego
de corpo e alma
As palavras bailam na tela
num vai e vem constante
em rodopios e saltos ...
Às vezes fazem sentido,
noutras, acho que não
Mas o que importa?
Varro da minha mente
a poeira do passado,
as auguras do presente
e quando enfim acabo
deito meu corpo e adormeço...


Ianê Mello


Um comentário:

Uma estrela errante disse...

Muito belo o teu poema,temos noites assim,varremos o passado para resurgir um novo dia.

Beijinho