Na penumbra do silêncio que resvala
entre lágrimas e sorrisos contidos
sentimentos obscurecidos pelo medo
ganham tamanho e forma
e assumem sua real proporção
Na solidão da alma que abriga
fantasmas de um passado opressor
onde habitam estranhos seres fictícios
criados pela própria imaginação
e outros ainda reais e próprios
de uma mente inquieta e confusa
A tarefa árdua e difícil do encontro
com o eu mais profundo e renegado
nos porões escuros da mente
nos obriga a convivência inexata
com o ser que tornamos nossa imagem
A vida segue seu curso e nela seguimos
como um espectro do que somos
Nos apresentamos num teatro de máscaras
sem cumprirmos nosso principal e real papel:
desvendar quem realmente somos
e mostrar nosso próprio rosto.
Ianê Mello
entre lágrimas e sorrisos contidos
sentimentos obscurecidos pelo medo
ganham tamanho e forma
e assumem sua real proporção
Na solidão da alma que abriga
fantasmas de um passado opressor
onde habitam estranhos seres fictícios
criados pela própria imaginação
e outros ainda reais e próprios
de uma mente inquieta e confusa
A tarefa árdua e difícil do encontro
com o eu mais profundo e renegado
nos porões escuros da mente
nos obriga a convivência inexata
com o ser que tornamos nossa imagem
A vida segue seu curso e nela seguimos
como um espectro do que somos
Nos apresentamos num teatro de máscaras
sem cumprirmos nosso principal e real papel:
desvendar quem realmente somos
e mostrar nosso próprio rosto.
Ianê Mello
Um comentário:
Procurei por seu e-mail, e não achei.
Como o poema seu é sobre máscaras, resolvi desvendar-lhe o mistério de Clarah. Aí está a resposta que te postei em meu blog:
Ianê,
Desapegar-se é a chave.
Não há nada sobre Clarah de relevante. Na ocasião, fui assistir a uma palestra de uma escritora badalada, que tem mais glamour e tatuagens pelo corpo do que coisas a dizer. Tão tacanha e pequena, que queria até licença especial para fumar e tomar cerveja durante sua exposição. Depois, muitos escritores saíram para jantar. Ela bebeu vinho, e comeu do melhor. Saiu antes, com outro escritor badalado. Éramos mais de vinte. Alguns, modestos, comeram beirutes, coisas assim. Eu e alguns amigos, nem comemos.Tomamos dois chopps e fim. No final, cada qual tendo saldado suas dívidas, descobriu-se um déficit de 500 reais na mesa. Os que saíram cedo deixaram um rastro pra trás. Calote, puro e simples. Bom..., os vícios eram de Clarah..., não meus. O que me faltava era desiludir-me do que pudesse encontrar naquela boca obscura... Assim, homenageei-a, no poema. Não ia colocar a foto dela, para não exacerbar seu ego já tão multi-colorido.
Capicce?!
Beijos,
Marcelo.
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