Minha solidão tem a forma de um homem
Um homem que vem e se vai
ao sabor do vento, das marés
Ora o tenho por perto
Ora só vislumbro ao longe sua figura
Forma concreta ao tato e a visão
Abstrata no sentir e na permanência
Homem que desejo e ao mesmo tempo não
Por medo de perdê-lo, me perco
Em devaneios loucos, com ele sonho
Na manhã que chega não o vejo mais
A solidão da cama vazia
As formas de seu corpo no lençol
O calor de seu corpo ainda a me queimar
Seus beijos posso sentir em minha boca entreaberta
Em meu corpo saciado no desejo satisfeito
Agarro-me a lembrança de sua presença em minhas mãos
Em pensamento me deleito em sensações de prazer
Agarro o travesseiro e sinto seu perfume
De seus cabelos ainda úmidos do banho
Ah... seu perfume, seu calor, suas mãos
Ainda posso sentí-los... doce lembrança
Levanto com vagar e minha cabeça gira
Enrolo no lençol meu corpo nu
O dia amanhece....
7 comentários:
Vim agradecer-lhe a visita e o comentário no poema de Peu, e encontro essa beleza de poesia... Que grato presente nesse finzinho de domingo.
Voltarei mais vezes!
Abraços. :)
Obrigada pelo comentário e visita.
Bjs e volte sempre.
'Minha solidão tem a forma de um homem' - como que talhando com sua alma de artista o ser ideal... É de uma beleza sincera essa tua escultura.
Bj!
Paulo,
a sensibilidade é sua para perceber essa beleza.
Obrigada e volte sempre.
Vc tem face book. Se tiver,gostaria que me adicionasse.
Bj
A ausencia é o NÃO LUGAR , ou o lugar do nada ... belo poema parceira ! Beijos do sul !
Existe uma forma serena de sentir essa ausência.
Mas mesmo essa serenidade por vezes veste-se de paixão arrojada.
E sabes.... depois de ler o que escreveste, veio-me à memória uma frase de um poeta sobejamente conhecido, daqueles que emprestam frases a todos os que gostam de fazer citações.
" Como é possível ter saudades do futuro?"
Foi assim que senti o que escreveste.
Tudo de bom para ti.
Entremares
Muito boa interpretação.Volte sempre.
Muita luz em seu caminho.
Bjs.
Postar um comentário