Quando caminhava pela estrada escura e fria
não sabia que rumo tomar
Embriagada por meus próprios medos e dúvidas
me deixei levar como uma autômata
Andava a esmo, sem direção
Filha de mim mesma
Ser que me tornei
Compreendi toda a dor
da solidão, do abandono
Compreendi todo o amor negado,
arrancado de nós
Quando a vida nos tirou do ventre materno,
ambiente aconchegante e protegido
em que nos sentíamos amados, cuidados
E a vida disse: VAI!!!!
Vai agora para a imensidão do mundo
Vai viver como os humanos vivem
Vai sentir dor, fome, medo, pavor, solidão, desamor
Mas vai, não se demore, não foge...
Fugir é pior do que morrer
Enfrenta teu medo e te faz forte
Aguenta as dores, as desilusões, "os falsos amigos"
Sim , agora você está só e é tua a opção
Enfrentrar o medo ou entregar-se e morrer
cada dia mais um pouco,
cada vez um pouco mais.
Ianê Mello
5 comentários:
Um poema forte, que mostra a resistência. E a tela, lindíssima, adorei.
Beijos.
Que bom vê-la por aqui.
Fico feliz que tenha gostado.
Grande beijo.
PS: vc tem msn. me passe pelo e.mail.
Ianê,
Um poema auto-retrato, com as sinuosidades dos caminhos percorridos, e da experiência adquirida.
Um olhar no breu, interrogações, dúvidas, medo. Sensações inerentes na veia dos apaixonados.
Sinto-me como pássaro com um olhar sobre a flor de Venus
p.s.: Bela foto no facebook
Sr.doVale,
Suas pinturas de grande sensibilidade, sempre inspiram à poesia.
"Sinto-me como pássaro com um olhar sobre a flor de Venus."
Lindo isso!!!
Obrigada.
Que bom que gostou da foto.
Grande e forte abraço.
Gostei muito
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