terça-feira, 27 de novembro de 2012

EM ABANDONO




Casa vazia
poeira e
mágoa

retrato amarelecido
tempo
dormente

recônditos
escondidos
mofo e traças

nas teias
no teto
aranhas tecem
tramas


Ianê Mello


(26.11.12)

*

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa tarde.
Por acaso, cheguei aqui... Que poesia há por esses labirintos!
Há letras muitas sobre esses casebres, almas em verdade, abandonados; não esquecidos em si, diga-se, mas abandonados. Muito me comoveu uma escrita de uma poeta amiga: "A casa no fim da rua"; as letras tinham/têm algo demolido, desistente, mas por demais ainda vivo e pedra. Parabéns,Ianê.
Capiau da Roça