Não, não mais...
não mais a palavra fria e cortante
não mais um adeus a cada instante
não mais a solidão na noite vazia
não mais essa imensidão sombria
Não, não mais...
Não mais esse olhar de tristeza
não mais a ausência de beleza
não mais esse viver sem sentido
não mais esse rouco gemido
Não, não mais...
Não mais esse grito sufocado
não mais esse amor guardado
não mais esse platônico desejo
não mais esse momento em que fraquejo
Não, não mais...
Não mais esse sofrer constante
não mais esse torpor do instante
não mais esse degelo na alma
não mais essa aparente calma
não mais esse viver sem sentido
não mais esse rouco gemido
Não, não mais...
Não mais esse grito sufocado
não mais esse amor guardado
não mais esse platônico desejo
não mais esse momento em que fraquejo
Não, não mais...
Não mais esse sofrer constante
não mais esse torpor do instante
não mais esse degelo na alma
não mais essa aparente calma
Não, não mais...
Não mais essa aventura insana
não mais essa coisa profana
não mais essa insensata estupidez
não mais o meu perdão outra vez
não mais essa coisa profana
não mais essa insensata estupidez
não mais o meu perdão outra vez
Ianê Mello
(30.10.12)
(30.10.12)
*
Pintura de David Jon Kassar.
2 comentários:
Sim, sim, mais uma vez nos brinda com um belo poema.
Um abraço. Tenhas um bom dia.
Ianê, a sua súplica é pungente.
Gostei imenso.
"Não mais" desses sentimentos, mas, por favor, muito mais dos seus versos tão belos!
Abraço.
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