Máscaras a encobrir nossa face
Criadas pelo medo
que se instala no ser
obscurecido pela ausência
do verdadeiro eu
Emolduram o rosto
e em seu contínuo uso
nele tomam forma
De tal maneira
se incorporam e se amoldam
que torna-se difícil
vislumbrar a face original
No exercício constante do disfarce
a consciência de si mesmo
se perde pouco a pouco
No palco da vida
Personagens assumem seu papel
No diário teatro de máscaras
Ianê Mello
4 comentários:
Fico pensando se de fato existe a face original ou se ela mesma é um reflexo de outras tantas máscaras...
Gostei daqui!
Me senti levitar!
Obrigado!
Um ótimo poema! Enquanto escava uma verdade a questiona. Verdades questionáveis são realmente verdades? As máscaras nos são necessárias? E vamos sendo um outro na ausência da ciência de nós mesmos.
É lindo o seu espaço Ianê, um grande abraço
Arthur, Wilson e Gisela Rosa
Agradeço sua visita e fico feliz que me acompanhem pelos labirintos de minh'alma.
Fiquem à vontade para enriquecer meus poemas com suas impressões e sentimentos.
Voltem sempre.
Abraços poéticos.
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