Percorro abismos
Poços profundos
Onde me perco
e fujo do mundo
Não basta ser
é preciso coragem
Sair de fora
em longa viagem
para dentro
A mim me revelo
a cada instante
um pouco diferente
do que era antes
Cai mais uma máscara
e o rosto transparece
mais limpo, mais puro
Me miro no espelho
e nele reflete essa nova imagem
que nem sempre reconheço
mas que me pertence
que de mim faz parte
Sou essa e sou outras
Sou uma e sou várias
Essa variável inconstante
Imperfeita e mutável
Nunca pronta e acabada
Essa sede de muito
Essa fome de tudo
Essa vontade de nada
Ianê Mello
Debussy - Clair de Lune
6 comentários:
Olá, Iané,
Já estou aqui, xeretando o seu cantinho. E o que vi e tudo maravihoso, por isso, vou voltar muitas vezes, viu?
Uma boa noite para você.
Olá, Ernani
Seja bem vindo aos labirintos de minh'alma.
Fico feliz que tenha gostado.
Boa noite.
Um abraço.
Sede de muito - onde se dessedenta?...
Agradeço sua visita.
O melhor caminho para saciar essa sede, para mim, é o das artes.
Na poesia,que pra mim tem um efeito catártico, me desnudo e me satisfaço.
E que bem faz esse dilúvio de emoções contidas, represadas pelo silêncio expressas em versos.
Um abraço.
Ianê
Casa bonita a tua, gostei e voltarei!
bj
Gi
Gisele
Obrigada pela visita e por me acompanhar nos labirintos de minh'alma.
Seja bem-vinda!
Também gostei muito da sua casa e vi que temos em comum o gosto pelo Jazz, além da poesia,claro.
Estou por lá também.
Bjs
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