Dentro de nós está
tudo o que procuramos fora
Olhe dentro e verá
Não se perca, sem demora.
Buscamos fora encontrar
alegria, prazer, calor
e nos esquecemos de olhar
para o nosso próprio amor
Amor-própio é do que falo
Tão difícil de sentí-lo
que por vezes até me calo
por puro medo de ferí-lo
É como flor que se cultiva
em nosso próprio jardim
e dela se faz cativa
a melhor parte de mim
Dar amor é uma dádiva
que faz bem ao coração
Mas dar amor a si mesmo
é que nos dá redenção
O perdão por nossos erros,
a busca em acertar
é o que faz de nós mesmos
um ser pronto para amar.
Ianê Mello
Ouça: Chet Baker"Alone Together"
8 comentários:
amor próprio é que me deixa vivo!
essa história de "alguém me completar" é balela
Querida Ianê eu sempre venho aqui e sempre saio maravilhado seus textos são lindos e você é pura inspiração... gosto muito!
bjo_na__alma!
Marcelo,
isso a vida nos ensinou, não?
Temos que ser inteiros e o desenvolvimento do amor-próprio é o que nos propicia essa inteireza.
Esperar que o outro nos complete é utopia.
Ele pode, sim,quando muito, somar.
Beijos.
Obrigada, Saulo, me sinto muito feliz em tocar o coração de alguém.
Isso indica que estou no caminho que sempre busquei, mas só as pessoas sensíveis podem ser tocadas, lembre-se disso.
Beijo na alma.
Necessitamos de amor. Ele dá sentido às nossas vidas. É o combustível que nos anima. Sem ele é difícil suportar o destino, ou amar a vida.
O amor é-nos intrínseco, e, de acordo com certa visão científica, ele é o herdeiro de um certo sonho bacteriano: o sonho remoto de qualquer bactéria em se unir e fundir com outra.
Alguns pensadores, sobretudo modernos e contemporâneas defendem que o homem não pode prescindir da ilusão. Ela faz parte da natureza humana, e é uma forma de fugirmos à vida real, e ao sofrimento e falta de sentido presente no fundo da nossa existência. A vida passa pelo sonho. O homem não suporta viver constantemente a verdadeira realidade.
Abençoado seja o que inventou o sono, a manta que cobre todos os pensamentos humanos, o alimento que satisfaz a fome, a bebida que apazigua a sede, o fogo que aquece o frio, o frio que modera o calor, e, finalmente, a moeda corrente que compra todas as coisas, e a balança e os pesos que igualizam o pastor e o rei, o ignorante e o sábio.
Devemos agradecer às ilusões. E aceitá-las sem queixumes, se porventura colidem com a realidade e se desfazem em pedaços. Elas são, afinal, uma forma de dar sentido à vida.
Sandokan
Seja bem-vindo.
Em nenhum momento faço apologia ao desamor, pelo contrário.
Apenas penso que devemos cultivar o amor-próprio, pois só através dele é que poderemos nos encontar e amar verdadeiramente outro ser.
Se não nos amamos, não podemos amar a outrém, tornando-se apenas uma relação de dependência, em que precisamos do outro para a nossa completude e quando esse outro não existe nos sentimos um nada.
Isso, para mim, não é amor,é doença.
É falta de amor por nós mesmos.
Compreende?
Agradeço seu comentário.
Volte sempre.
Um abraço.
Passei para conhecer seu blog, lindo blog e lindo seu texto, já sou seguidor e visitarei sempre.Se puder visite meus blogs, são 3, um para cada estilo.Ficarei honrado com sua visita.
http://palavrasnosventos.blogspot.com
http://ventosnaprimavera.blogspot.com
http://haikainosventos.blogspot.com
Feliciddes
Arnoldo,
fico feliz por sua visita e adesão.
Visitei seus blogs e gostei muito.
Continue a escrever sua poesia sensível e visceral e, ao mesmo tempo, pura e doce, como a inocência de uma criança que começa a caminhar.
Volte sempre e expresse seus sentimentos, que muito me alegrará.
Beijos.
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