Será que sou eu mesma
ou será outra?
Essa que em mim habita
e me tira do sério
Que perde o controle e grita
Que faz um quê de mistério
Que agita as mãos no ar
tentando algo alcançar
que nem mesmo sei o que é
Que tudo quer...
e nada tem
Que vai muito mais além
em seu silêncio de morte
Que maldiz a própria sorte
e nem mesmo quer falar
Que insatisfeita resmunga
achando a vida um saco
Que não para de bradar
que o cansaço a venceu
Será que é mesmo outra
ou será que sou eu ?
Ianê Mello
8 comentários:
a poética da esquizofrenia!
belo!
Marcelo
Coisas de poeta...
Lembra de Fernando Pessoa: O Eu e os Outros?
Na verdade, o Eu e os Outros coabitam em nós.
O problema é quando eles se desentendem...rsrsrs
Beijos
Ianê
Eu, antes vc. colocar a sua resposta, tinha perguntado se não seria uma sua heterónima, como Fernando Pessoa.
Ele tinha quatro ou cinco, Ricardo Reis, Alvaro de Campos, Alberto Caeiro e mais dois que não me recordo.
Ou é apenas
Os despojos de um dia,
daquele dia que obriga
ao esquecimento,
dum tempo
que no nascer do sol
se torna um dia
que não acaba mais.
Folha de papel
que se deixa voando
arrastada pelo vento
para que as palavras
nela escritas,
magoando,
de vagar
nos saiam do pensamento.
Mas o seu poema está lindo, questiona-se a si própria.
Paz e Luz no seu caminho
Akhen
Você captou a essência do poema.
Obrigada pela visita e comentário.
Volte sempre.
Paz e Luz pra ti também.
Vivemos sempre em dualidade,com o nosso ser
beijos
Um poema bonito.
E digo que gostei mais,
pois li um pouco de mim nele.
"...Que insatisfeita resmunga
achando a vida um saco"
Dilemas... devaneios...
pelos menos resultam em bons poemas. =D
Abraços!
Multiolhares,
Você sintetizou de forma precisa.
Obrigada pela visita.
Bjs
Marina,
é um sentimento comum a nós humanos, não é?
Obrigada, querida.
Bjs
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