sábado, 25 de junho de 2011

O EQUILIBRISTA






Equilibro na corda bamba 
como um exímio trapezista
Sei que não há nada 
para amparar minha queda 
Mas me mantenho firme


Bambeio, faço que vou cair
mas meu corpo se reequilibra
numa dança perigosa
corpo pra lá e pra cá


O público circense
observa estupefacto e apreensivo
Meus inimigos torcem pela minha queda
Mas me equilibro


pensamento distraído
olho para baixo e vejo o chão
 sinto medo
e numa leve escapulida
numa corda de emoções
corpo ao léu
 
...


a queda é certeira


Ianê Mello

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