quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Apenas Sou

Sou uma e sou várias
partes de mim que se complementam
Por vezes semelhantes
Por vezes até antagônicas
formando esse ser multifacetado
Esse ser sempre inacabado
Flexível, maleável,
mutante, mutável
Um rascunho de mim mesma
que nunca toma definitiva forma
Quando penso que me conheço
vejo que me sou desconhecida
Descubro em mim uma nova faceta,
um novo olhar o mundo
um novo agir
Às vezes sou meio peixe
nadando num mar de emoções
Sou ave que voa longe
sem medo dos furacões
Sou gata que mostra as garras
quando se entrega as paixões
Sou leoa a proteger sua cria
dos estranhos que ameaçam
Sou água, sou ar, sou terra
Sou sonho, amor e poesia
Sou tudo...
Sou nada.

Ianê Mello



3 comentários:

O Renascimento da Vênus - Mamafrei disse...

Nada como ser PLURAL...Adorei!

Há alguns dias recebi o selo de Blog de Ouro de uma pessoa que abriu meus olhos para a poesia...foi por meio de sua voz que senti pela primeira vez a emoção de ouvir um poema falado em alto e bom tom. Apresento-vos "a menina da lua", Luma Carvalho, potiguar como eu e amante das palavras como nós! Aqui você encontrará não apenas poemas extraídos de alguns paralepípedos interiorano, mas poemas cosmopolitas...Eis seu endereço: http://www.eoqueeapoesia.blogspot.com/

Entre e descubra por si só "o que é a poesia"...rsrsrs

Estas aqui são as regras:

1. Exiba a imagem do selo "Blog de Ouro";

2. Post o link do blog de quem te indicou;

3. Indique 04 blogs de tua preferência;

4. Avise seus indicados;

5. Publique as regras;

6. Confira se os blogs indicados repassaram o selo;

Eis a lista dos meus indicados:

http://labirintosdaalma.blogspot.com/

http://www.eoqueeapoesia.blogspot.com/

http://www.mulhernajanela.blogspot.com/

http://versosemnos.blogspot.com/



Tenha surpresas e agradáveis leituras!

bjos,

Mamafrei

poesia é ouro - luz e reluz

blog de ouro

Nilson Barcelli disse...

És bela, querida amiga Ianê.
E o poema não é menos... lindíssimo.
Como homenagem à tua beleza, deixo-te aqui um poema que escrevi em tempos e que, de algum modo, tem a ver com o teu:

Não sei se sou uma aldeia
que flutua, envergonhada,
na firmeza das ideias
por entre a incerteza das palavras,
se uma cidade
que deambula, meretriz,
na clareza das palavras
com a boca na ambiguidade das ideias.

Em todo o caso,
debato-me enleado
na força que não faço das fraquezas
e sinto-me roubado
no absurdo das certezas
perante as verdades consertadas.

Serei gota que perdura, imiscível,
num mar de gente
que da lua é igualzinha?

Ou rio de evasão e permanência,
num cacto que vive morto
para resistir à falta de água?

Ou serei, estranhamente,
um corpo só, que na poesia se arrima
para melhor se calar?

Melhor explicado,
pois também não sei dizer
tudo aquilo que não sou,
o que sou, já nem eu sei.


Beijo doce.

Ianê Mello disse...

Obrigada, amigo.

Lindo o poema que me ofertaste.

Agradeço comovida.

Um beijo.