A cada novo encontro
me perco
nas esquinas sombrias
nos desvãos
nas casas vazias
E fora de mim
me vejo
sensível, frágil
fugidia
como um cão sem dono
com a coleira ainda envolta
em seu pescoço magro
Assim me sinto
acuada, perdida
como quem fareja
o chão sujo de lama
sem tato, sem rumo
sem vida
um fardo
sem prumo
Me entrego
Ianê Mello
me perco
nas esquinas sombrias
nos desvãos
nas casas vazias
E fora de mim
me vejo
sensível, frágil
fugidia
como um cão sem dono
com a coleira ainda envolta
em seu pescoço magro
Assim me sinto
acuada, perdida
como quem fareja
o chão sujo de lama
sem tato, sem rumo
sem vida
um fardo
sem prumo
Me entrego
Ianê Mello
Um comentário:
Cão sem dono é uma imagem poderosa.
Gostei do poema.
Beijos
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