(Para Astor Piazzolla)
sons ternos
nas cordas
de um violino
preenchem o silêncio
gotas de chuva
a tilintar no chão
...
doce manhã
de terra molhada
de incenso que queima
seu perfume pelo ar
de orações e preces
vestes de encantamentos
esparsas solidões
...
lá fora
a chuva cai
poética e solitária
em versos marejados
em cordas sentidas
em sublimes acordes
...
em mim
eu mesma habito
rosto que reconheço
no espelho do quarto
na penumbra que acolhe
no tempo lasso
no perder das horas
...
no mais...
...
só silêncio
Ianê Mello
2 comentários:
maravilhoso Ianê
um super beijo
Sublime!
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