as palavras se perdem
...solitárias
sem ao menos serem lidas
o tempo corre...
o tempo morre...
...ninguém tem tempo
...
páginas viradas
emoções não contempladas
em branco passam...
o poeta sente
a solidão
da noite mal dormida
da expressão vã
de um sentir
sem ressonância
...
mas as palavras
teimosas em se expressar
voltam e pedem
para ganhar força
no branco papel
e o poeta-instrumento
sai de si e se debruça
e se rende ao seu encanto
...
ao menos poderia
o olhar que aqui pousa
ler essas poucas linhas
e dar-lhes a vida
de um sentir
compartilhado.
...
poderia?
Ianê Mello
8 comentários:
Amiga amada Ianê, poderíamos, aliás, deveríamos, pousar nossos olhos e debruçar nosso espírito sobre os poemas dos nossos amigos poetas e poetisas, que através da escrita, doam os oasis interiores, para refrigerar um pouquinho o deserto da existência.
Um abração. Tenhas uma linda noite.
Ouvir este sax,Ianê,lendo teu belo e pungente poema,é voar,nas asas das borboletas,vislumbrando um céu azul e um mar sem fim,um horizonte de sonhos e o encanto de um entardecer.
Bjssss,amiga e obrigada pela música e pelo poema,
Leninha
Amigo Dilmar, você sempre me presenteia com seu pousar atento e reflexivo. Espero sempre contar com ele. No mais, por vezes, é só o vazio do silêncio.
Obrigada.
Linda noite. Abraços poéticos.
muito bonito, me emociona.
ObrigadA, PAULO GEORGE, PELA SUA SENTIDA LEITURA.
Namastê!!!
Uma vez escrevi que todos os sonhos querem ser sonhados, assim, tambem as palavras querem ser escritas, Ianê. Voce já deu-lhes a vida ao fazer isso, deixaram de ser ideia e se tornaram concretas. A mim, humilde, resta compartilhar e agradecer. Um beijo.
Olá, Leninha, é sempre um prazer ter sua leitura emocionada. Beijinhos, querida. NAMASTÊ!!!!
Sim, Dario, os sonhos querem ser sonhados e vividos, na medida do possível.
Sua opinião é de muito valor para mim, amigo. Obrigada. NAMASTÊ!!!!
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