Se você me chama vida
eu te chamo morte
poço que aprofunda dores do sentir
eu te chamo morte
poço que aprofunda dores do sentir
Se você me chama alegria
eu te chamo tristeza
na penumbra que cobre a tarde devagar
Se você me chama desejo
eu te chamo indiferença
no esgar de sorriso a passear em lábios cor de sangue
Se você me chama presente
eu te chamo passado
no tempo que escorre pela fresta da porta entreaberta
Se você me chama brisa
eu te chamo tempestade
arrastando com fúria promessas guardadas no tempo da espera
Se você me chama completude
eu te chamo vácuo
nas horas que espero em vão sua presença dispersa em nuvens
Se você me chama verdade
eu te chamo calúnia
em palavras encobertas na tez branca pela véu da desesperança
Se você me chama grito
eu te chamo silêncio
e me despeço muda desse incansável sentimento que você teima em sentir.
Ianê Mello
eu te chamo tristeza
na penumbra que cobre a tarde devagar
Se você me chama desejo
eu te chamo indiferença
no esgar de sorriso a passear em lábios cor de sangue
Se você me chama presente
eu te chamo passado
no tempo que escorre pela fresta da porta entreaberta
Se você me chama brisa
eu te chamo tempestade
arrastando com fúria promessas guardadas no tempo da espera
Se você me chama completude
eu te chamo vácuo
nas horas que espero em vão sua presença dispersa em nuvens
Se você me chama verdade
eu te chamo calúnia
em palavras encobertas na tez branca pela véu da desesperança
Se você me chama grito
eu te chamo silêncio
e me despeço muda desse incansável sentimento que você teima em sentir.
Ianê Mello
(14.09.12)
*
Desenho de Anouk Griffioen.
5 comentários:
Adversidade e contradição... quanta bela poesia como esta escrita nesses ecos!
Muito belo.
O paradoxo levado ao extremo, bjo Ianê.
Grata pela presença e atenciosa leitura, amigos Dulce e Dario.
Bjs.
O paralelismo dos versos faz um interessante contraponto ao conteúdo forte dos versos.
Olá, Marcelino! Fico feliz com sua presença e comentário. Um abraço.
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