domingo, 25 de outubro de 2009

Ao cair da tarde





Amor que invade
quando queda a tarde
rubra de paixão
Deixa no corpo marcas
enquanto passeiam as mãos
Que num desenho suave
traçam linhas imaginárias
a escalar montes e vales
demarcando como seu
território conquistado

O pincel  na tela lisa
na alva pele desliza
e nela tatua um mapa
Perdido está em carícias
e teme  não encontrar
o ponto em que na partida
teve vagar ao chegar

E entre pernas e delícias
seus corpos nus num ballet
dançam ao som de um louco artista
e como hábil equilibristas
buscam o centro do prazer







Ianê Mello






6 comentários:

IVANCEZAR disse...

Essa busca , por vezes insensata
outras calculistas
e, algumas, ocasionais
São .... humanas !
Belo trabalho !
Parabéns!

Ianê Mello disse...

É verdade Ivan.

O importante é permitir-se o buscar, o perder-se, pois tais atitudes é que nos levam ao verdadeiro encontro.

Obrigada pela sua visita.

Volte sempre.

Abraços.

Nilson Barcelli disse...

Ianê, gostei da sua poesia. Vc escreve muito bem, parabéns.
Beijo.

Ianê Mello disse...

Nilson,


obrigada pela sua visita e comentário.

Volte sempre.

Um abraço.

Marcelo Mayer disse...

a busca nos torna presidiários em cadeia de segurança máxima: amor

Ianê Mello disse...

É verdade Marcelo.

O importante é que o momento de fusão não ultrapasse os limites da identidade.

Que essa busca nos leve, fundamentalmente, à um maior conhecimento de nós mesmos e ao verdadeiro encontro, conosco e com o outro.

Obrigada pela visita.