Si cada día cae
dentro de cada noche,
hay un pozo
donde la claridad está encerrada.
Hay que sentarse a la orilla
del pozo de la sombra
y pescar luz caída
con paciencia.
dentro de cada noche,
hay un pozo
donde la claridad está encerrada.
Hay que sentarse a la orilla
del pozo de la sombra
y pescar luz caída
con paciencia.
Pablo Neruda, El mar y las campanas
(Obras completas, III, p. 931)
como uma despedida sem adeus
A luminosidade se encerra tímida
escondendo-se atrás do anoitecer
que se anuncia num prenúncio de solidão
A noite chega e o dia cobre
com seu manto de névoa
Breu e silêncio se instalam
Na casa vazia e sem rostos
O corpo inerte queda só
abraçado pela escuridão sombria
Olhos obscurecidos pelo medo
na ausência que devora e corrói
Espectro humano que assombra
na pungência de sua dor
Em sua aparência esquálida
onde o amor um dia habitou
A dor da perda se funde
no escuro do ambiente
Nesse ser quase humano
que da vida se apartou
Ianê Mello
6 comentários:
Estive aqui visitando teus trabalhos
Gostei e te parabenizo
Se puder visite meu BLOG
http://ivancezar.blogspot.com
Ivan
Agradeço sua visita e fico feliz que me acompanhe pelos labirintos de minh'alma.
Fique à vontade para enriquecer meus poemas com suas impressões e sentimentos.
Parabéns pelo seu blog!
Seu trabalho é bem realista e sensível.
Um abraço.
Li dia desses que, quando a espera nega a chegada, todo mundo desama.
A espera é sempre algo doído. Doido.
Beijos...
É verdade, querida Iara.
Bom te ver por aqui.
Beijos
Adoro poesia
Sinto por não saber o que é
Sinto por não saber fazer
Mas quem se importa!
Cryd
A sensibilidade está presente em você, fazendo-o gostar de poesia.
Isso é o que mais importa.
A definição não importa.
O que importa é ser uma expressão da alma.
Quanto a saber fazê-la é relativo.
Procure expressar com palavras suas emoções.
Deixe fluir o sentimento naturalmente, sem censura.
Acredito que assim, você estará começando um processo de escrever poesia.
Boa sorte e um abraço.
PS: Quem tem que se importar é você e parece que você se importa, não?
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