A chuva cai mansa
em gotas cristalinas
tilintando em cores
amarelo, azul, vermelho
dos guarda-chuvas abertos
sobre as cabeças dos transeuntes
Nas ruas brilham poças d’água
gotas límpidas como carícias
escorrem nas janelas das casas
nos vidros dos carros
nas folhas das árvores
nas penas dos pássaros
No rosto da moça gotículas suaves
confundem-se com lágrimas
em seu triste semblante
Em suas costas nuas escorrem
provocando um leve arrepio
Assim a chuva vem
em meio a tarde nublada
E com ela lava o pranto
em dias de sol resguardado
Ianê Mello
(09.10.12)
*
Pintura de Melanie
Florio
Um comentário:
amei teu blog, virei mais vezes!sensibilidade à flor da pele...
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