Esse rosto que hoje fito
no espelho do meu quarto
reflete os tempos idos.
Em suas linhas,
tênues e finas,
desenhadas pelo tempo,
guarda momentos vividos
na casa da memória.
A história da minha vida.
Minhas dores, meus amores,
alegrias e tristezas.
Guarda, ainda, a beleza,
sem o viço do frescor
da mocidade perdida.
Esse rosto que hoje fito
e é tão meu quanto o de outrora
revive em mim o amor,
singular e próprio,
por essa que hoje sou.
O tempo por mim vivido,
trouxe consigo a brandura
de quem perdoa seus erros
e com eles , sabiamente,
faz um novo caminhar.
Esse rosto que hoje fito
é um rosto que sei amar.
Ianê Mello
3 comentários:
Hum! Muito legal sim... Auto-aceitação... Amar a si próprio... para depois amar outrem!
Difícil e belo aprendizado, meu amigo!
Adorei o poema, suave, sábio, como devemos ser ao nos deparar diante do espelho.
Beijo grande!
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