Sinto que me perdi de mim
e não me encontro mais
Quanto mais mergulho em mim
maior o mar da minha solidão
Não há o que aplacar essa dor
Não há o que preencher esse vazio
Estou só... completamente só...
Nem eu mesma me acompanho
e essa é minha pior solidão
Escrevo palavras nesse papel em branco
São minhas lágrimas que choram
Palavras feitas de lágrimas,
movidas pela dor que desconheço,
apenas a faço sentir em meu corpo
De onde vem, como vem, por que vem?
Que dor é essa tão lancinante?
Vem do peito aprisionado,
da garganta estrangulada
pelo verbo que se cala
Ah...queria poder falar, queria poder gritar!...
mas o grito é aprisionado na garganta
Só me resta esse branco papel
para derramar minhas lágrimas de sangue.
Ianê Mello
6 comentários:
Minha querida
O papel e a caneta, que nos sequem as lágrimas...lindo poema.
falou por mim.
beijinhos
Sonhadora
lindo como sempre
obrigado pelo seu carinho.
beijos!!!
Pois é, Sonhadora...
Beijinhos
Braulio,
meu amigo, você é merecedor.
Obrigada.
Beijo.
Ianê:
que poema belo e tão triste...
Seca as tuas lágrimas e segue em frente.
bj
Ana querida,
faz parte do processo humano a dor.
Não a temo.
Sinto a dor e busco superá-la.
Fique tranquila.
Obrigada pelo carinho.
Grande beijo.
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