Num canto encolhida
Solidão a espreita
Numa poça d’água
me desfaço
Pedaços de mim
Espalhados ... diluídos
Assim vim ao mundo
mesmo não desejada
ou quem sabe
um pouco amada
uma parte de algo
uma parte de nada
ou quem sabe
um pouco amada
uma parte de algo
uma parte de nada
Por tudo ser
completa em mim
por viva estar
assim nasci...
por viva estar
assim nasci...
escorreguei pro mundo
do escuro do ventre materno
no líquido amniótico
no líquido amniótico
que envolvia meu
frágil ser
Nesse dia frio e cinzento
Filha do desamor
nasci triste...
Agora sei o por quê.
Ianê Mello
Ianê Mello
Crédito de Imagem: Pintura de Salvador Dali
3 comentários:
Poema muito bem elaborado, parabéns amiga!
Naldo Velho
Oi...! deixar um registro de sentidos e revelar o muito amada que mereces!
beijo Ianê Mello
Amiga Ianê, passando por aqui para apreciar tua arte.
Um abração. Tenhas uma linda semana.
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