As palavras se perderam no vácuo
como se perdem os afetos mal cuidados
como se perdem os amores mal vividos
como se perdem os sonhos abandonados
As palavras se perderam no vácuo
e em seu lugar um vazio tamanho
como se perdem os sonhos abandonados
As palavras se perderam no vácuo
e em seu lugar um vazio tamanho
sentimentos que não encontram expressão
onde o silêncio toma formas assustadoras
Onde estarão as palavras?
Palavras que não se mostram
omissas em sentires obscuros
perdidas em ternuras escondidas
Palavras difusas
Palavras cortantes
Palavras amáveis
Palavras indóceis
Palavras sentidas
Palavras confusas
Palavras vibrantes
Palavras profusas
Palavras que não se mostram
omissas em sentires obscuros
perdidas em ternuras escondidas
Palavras difusas
Palavras cortantes
Palavras amáveis
Palavras indóceis
Palavras sentidas
Palavras confusas
Palavras vibrantes
Palavras profusas
Aguardo, nas entrelinhas adormecida
a palavra que de súbito me tome
e de mim se aposse com vontade
presa fácil em sua teia de veludo
a palavra que de súbito me tome
e de mim se aposse com vontade
presa fácil em sua teia de veludo
Ianê Mello
(06.10.12)
(06.10.12)
5 comentários:
Lindeza de poema aveludado...
Belo, Ianê, como tudo que vem de ti. Traduzi esse nosso tempo tão corredio, tão carente da palavra certa, de afeto e proximidade.Mas, em mim, entre uma distância e outra, dou-te palavras: admiração e profundo carinho.
Belo, aveludado! Beijos amiga, adorei!!
parece que as palavras já se apossaram de vc...
melhor, vc se apossou delas,
onde quer que elas estejam.
beijos, Ianê
Ianê,palavras as vezes não permitidas mas sentidas ,estas ficarão...
Lindo querida e doce poeta!
Graça
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