Há que separar o joio do trigo
O fruto bom do apodrecido
O supérfluo do necessário
O supérfluo do necessário
O homem honesto do salafrário
Há que separar o direito do avesso
Há que separar o direito do avesso
O ciúme do apreço
A paixão do amor
A honestidade do
falso pudor
Há que separar o verdadeiro do falso
O bem calçado do descalço
O real desejo da luxúria
O lado animal da criatura
Há que separar o falso brilhante da jóia verdadeira
A sobriedade da bebedeira
O erro do ledo engano
O supostamente sagrado do profano
O supostamente sagrado do profano
Há que separar a liberdade da prisão
A mão direita da contramão
O verdadeiro amor da obsessão
O verdadeiro sim e o disfarce do não
Ianê Mello
(16.04.13)
Ianê Mello
(16.04.13)
Pintura de Millet
2 comentários:
Cara, que texto lindo. Sensacional a leveza com que tu distribuis as ideias nos versos. Perfeito.
Obrigada Marcelino. Fico feliz por sua visita e agrado. Bjs.
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