domingo, 31 de janeiro de 2010

Troféu de Destaque Gazeta dos Bloqueiros 2010

Parabéns!!! Seu blog acaba de receber o Troféu de Destaque GB 2010 na Gazeta dos Blogueiros.Como prêmio o link do seu blog ficará exposto por 7 dias na página principal da GB.
Venha receber o seu troféu e garantir sua participação no The Best GB 2010.
Gazeta dos Blogueiros (http://www.gazetadosblogueiros.com/)





Gazeta dos Blogueiros

Clique no selo



Agradeço a Gazeta dos Blogueiros pela premiação, que muito me engrandece e sensibiliza.
Quero compartilhar com vocês, meus amigos, que tem me acompanhado nessa jornada pelos  labirintos de minh'alma com o carinho de sua presença.

Com meu carinho,

Ianê Mello.

Teia de Emoções




Poesia
Catarse da alma
Expurgo da dor
Alivio e conforto
Expressão do amor
Palavra - sentimento
Que pulsa e vibra
Colorindo o branco do papel
Poeta que se diz
Na vida eterno aprendiz
Esculpe seus  sonhos
Sonha paixões
Tece no sentir
Sua teia de emoções


Ianê Mello 

Fazes-me falta

 Pintura de Gustav Klint



Como a sombra da tarde que cai
em avermelhados tons do poente
Sinto em minha alma que se esvai
a dor de um amor ausente

Se foi numa manhã ensolarada
deixando para trás a saudade
de uma vida encantada
onde primava a verdade

E assim sem despedida
levou consigo o amor
e junto à essa partida
o meu coração em flor


Ianê Mello

O Perdão





Venha participar do desafio em "Diálogos Poéticos"

"Você é capaz de perdoar?"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Corações de Pedra


Onde está a paz?

Alguém a viu andando por aí ou perdida em alguma esquina?
Olhamos pra fora, procuramos fora, quando, na verdade, 
é pra dentro que temos que olhar e procurar pela paz.
Isso não está em nenhum livro de auto-ajuda. 
Também não se encontra nas palavras que uma única pessoa
profere, seja através da utilização de uma religião, filosofia,
ou qualquer tipo de "lavagem cerebral".
Também não sei aonde ela está, portanto, não espere que eu te diga.
Bem que eu tenho procurado dentro de mim essa paz tão ansiada,
tão desejada por mim e por todos.
Mas parece que há pessoas que agem de forma totalmente 
contraditória.
Dizem querer paz e só provocam guerra.
Provocam...provocam... cutucam... ferem.... e o que esperam?


Não provocar nenhuma reação?...

Você é de aço?
Eu não...
Tenho nervos e sangue corre em minhas veias.
E como corre sangue em minhas veias!...
Às vezes, esse sangue é tanto que chega a jorrar
e luto para estancá-lo. 

Meu coração é humano,com artérias, veias e tudo 
que dele faz parte e pulsa e bate forte. 
Às vezes tão descompassado que chega a doer.
Meu coração não é de pedra.

Cito aqui  Maiakovski "Comigo a anatomia ficou louca: 
sou todo coração."
Esta citação exprime com perfeição o que quero dizer
aqui e digo.

Sou toda coração, por mais que a razão me acompanhe
e me equilibre.


Não dá pra ficar imune ao que acontece à nossa volta.
Não dá pra fechar os olhos e não ver o que está a um palmo
do nosso nariz.
Não dá pra fingir que não se sente dor.
Não dá pra enganar a fome, nem a sede.
Não dá pra viver pela metade. Ou se vive, ou se morre.
Não dá pra ser morto-vivo, isso é coisa de personagem 
de filme de terror; é ficção.
A vida é real e pulsa a cada minuto, a cada batida do 
meu coração, do seu coração, do nosso coração.
Não se brinca com a vida que a morte é certa e um dia vem.
Não adianta chorar depois... 
mortos não choram, não sentem, não fazem mais nada.
Estão mortos.
E quanto a mim...
ESTOU VIVA!


Ianê Mello

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Essa tal felicidade



Quer mesmo saber
como me sinto?
Tenho fome de viver
não minto.

Fome de algo
que me falta
Nem sei bem o que
Algo que preencha
que ocupe essa lacunas

Não quero me entupir
de falsas promessas
de palavras vãs
Pra quê a pressa?

Pra quem já esperou tanto
mais um pouco
não faz diferença
Só não quero
perder a esperança

A vida se encaminha
e eu junto
Às vezes a levo
noutras por ela sou levada

Mas não é assim que funciona?
Não há fórmulas milagrosas
de bem viver
e a felicidade é apenas
mais uma palavra
de algo que se busca alcançar

Ela tem forma?
Tem cheiro?
Tem cor?
Tem sabor?

Se forma ela tivesse
poderia ser o sol
e para outros a lua
Se tivesse um cheiro
poderia ser de Jasmin
ou quem sabe de chuva
Amarelo ela seria para alguns
e azul anil para outros
Poderia ter o sabor do pêssego
ou talvez de fruta-pão

Na verdade,
a tão procurada felicidade
para cada um teria um sentido diverso,
que atenderia aos seus próprios desejos
Que cada qual a busque da melhor forma,
seguindo seu coração,
mas sem perder a razão,
sem esquecer o repeito pelos demais.

Em sua diversidade, em sua individualidade,
cada qual a idealiza de uma forma
ou sequer consegue idealizá-la,
por questões de foro íntimo, de conflitos internos
Mas uma coisa é certa e de senso comum:
o direito de desejá-la e de obtê-la
Esse sim, é universal.


Ianê Mello


OBS: Da mesma maneira que se pode ver diversas formas dentro dessa mesma imagem, assim é vista a felicidade por cada um de nós. Assim cada um de nós a sentimos, de um modo único e particular.
Essa visão, que difere de pessoa para pessoa, deve ser respeitada e a cada um deve ser dado o direito de adquirí-la, tendo-se o bom senso de que nessa busca os limites do outro devem ser respeitados.

De Cara Limpa




Essa ruela escura e sombria nessa solidão que avassala 
um coração já cansado de sofrer tantas amarguras, 
tantos dissabores.
O que a vida ainda reserva além dessa escuridão fria?
Quantos perigos nessa rua, quantos recônditos escondidos, 
quantos medos à espreita?
Como posso saber aonde termina se por vezes até o início
se perde na neblina dos sonhos desfeitos, 
de alguém que já não guarda ilusões.
Existe alguma luz lá no final?
Sim, às vezes até posso vê-la quando não encoberta 
pelo desânimo da incessante busca de alcançá-la.
Onde estou afinal, em que mundo?
Quem sou?
O que sou?
Que destino aqui me trouxe, se é que por ele fui trazida?
Que vida é essa que tenho que viver?
Eu a escolhi ou foi escolhida para mim?
Onde está meu livre arbítrio?
Onde está meu poder de escolha?
E se eu não a quiser, posso devolvê-la embrulhada
em papel barato e rude (pois que rudeza bem conheço e 
em vários momentos de minha vida a vivi 
como muitos desafortunados)?
Pode parecer que reclamo à toa, que choro sem razão,
que a angústia que toma meu peito de assalto é quase nada.
Mas é tanta para mim que às vezes penso não poder
mais suportá-la!
Onde posso encontrar abrigo?
Não, não busco mais ninguém para partilhar minhas dores.
Elas são incompreensíveis para a maioria das pessoas, 
para as pessoas comuns que me cercam com sua máscaras
de falsa alegria.
Elas estão tão envoltas nas suas próprias dores 
ou tão ocupadas em manter  a máscara em seus rostos
que certamente não terão um porto em que eu possa 
descansar meu cansaço.
Elas tem muito mais medo do que eu porque nem conseguem 
mostrar seu rosto.
Eu sou meu próprio porto, quando deságuo em mim
lágrimas sentidas e quentes que rolam sobre minha face, 
desprotegida de máscaras. 
Lavando o sofrimento de minh'alma, 
esvazio do peito a angústia que me consome
e adormeço em meu abraço que me conforta.
Assim aprendi a ser...
só no mundo,
única em mim.


Ianê Mello




Reciclado para " Fábrica de Letras "em 29.01.2010.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Miragem



Efêmera e bela
como a noite que desponta
num céu azul sem nuvens
Ilumina com seu brilho
a pálida lua nua
Brincando com as estrelas
em seu olhar


Em seu rosto
o frescor da brisa leve
Em seu corpo
a leveza do vento
que sopra em seus cabelos
iluminados pelo luar


Bela e pura
como uma flor em botão
Inebriante perfume
que deixa rastros ao passar


Doce melodia que inspira
aos mais belos sonhos
de além-mar
Visão inesquecível
qual miragem
Expressão pura e simples
da vida
em seu pleno despertar



Ianê Mello


Reciclado para " Fábrica de Letras" em 27.01.2010.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Em teu rosto o sonho


                                                                     Emma Hack - Body Art



Desafio Poético em " Diálogos Poéticos " .


Venha participar...
 


domingo, 24 de janeiro de 2010

Uma carta ao tempo





Pintura de Salvador Dali " The persistence of memorie"





Desafio Poético em " Diálogos Poéticos" .

Vá lá conferir e participar.

Colaboradores até o momento: Felipe Carriço e Ianê Mello.

Milagre da Flor







A maior dor sempre foi e será sempre
não se poder dar amor a quem se ama,
sabendo que é a água
que dá à planta o milagre da flor.


Thiago de Melo














O amor em meu peito faz morada
Ele é seu refúgio mais secreto
e nele se expande e floresce
seja em qual estação for:
outono, inverno, verão, primavera
pulsa em mim e sempre espera
o momento de brotar em flor.
Por que se esconde esse sentimento
como se temesse o momento
de mostrar-se em sua inteireza
revelando-se em sua beleza?
Medo de rejeitado ser
e em si mesmo não mais caber
de tão grande e intenso
e numa implosão fenecer?


Superar esse medo
desvendando esse segredo
espalhando pétalas de amor
livrando-me de toda dor
de no peito tê-lo aprisionado
é o meu desejo sincero
Libertando o amor que guardo
me desvencilho do fardo
de ser dele prisioneira
amando da melhor maneira
que um ser humano pode amar:
aprendendo a se doar.

Ianê Mello



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Morte Interior





Solidão...
Vazio que me consome por inteiro.
Vontade de sumir.
De fechar olhos,ouvidos e boca,
Encarcerar no peito sentimentos,
Deixar a vida morrer por um só momento.
Aprisionar na boca o riso aberto.
Não há mais esperanças,
Não há vida.
É tudo um vazio imenso,
É tudo angústia.
Dos olhos já cansados,
Já sem brilho,
A lágrima congela a dor do pranto.
E das mãos nuas...
Úmidas e frias
Deixa-se escorrer por entre os dedos...

...VIDA.




Ianê Mello





quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Divina Comédia





" Dante Alighieri escribió La divina comedia, donde se mezcla la vida real con la sobrenatural. Muestra la lucha entre la nada y la inmortalidad, una lucha donde se superponen tres reinos, tres mundos, logrando una suma de múltiples visuales que nunca se contradicen o se anulan. Los tres mundos; infierno, purgatorio y paraiso muestran tres modos de ser de la humanidad, en ellos se reflejan el vicio, el pasaje del vicio a la virtud y la condición de los hombres perfectos."

(vídeo e texto retirados do site "La otra piel")



A divina comédia humana
que um dia recebemos como herança
quando éramos ainda crianças
e nada sabíamos do mundo.
Como uma dádiva divina acolhemos
em nossas mãos pequeninas
(Presente tão encantador)
e por ela fomos levados,
dia após dia,
na inocência de quem crê.
Com o coração puro
nos entregamos aos feitiços
e as armadilhas da vida
interpretando os papéis
que a nós eram destinados.

Ao bem fomos apresentados
pela ternura de nossos pais
(quando esta houvera).
Tornando-nos crédulos no amor
que nos confortava em seu berço.
Nos sentindo protegidos,
sem nada a temer,
fomos crescendo na certeza
de que a bondade existia.

O tempo foi passando
e com ele a certeza
pouco a pouco fraquejando
cedendo lugar à dúvida.


O mal, então , se apresentou.
Súbito, traiçoeiro e ameaçador.
Revelando o outro lado
da bondade que conhecíamos.
Com ele, a insegurança se instalou
e a paz que então reinava,
pouco a pouco, desmoronou.


A angústia se fez visível
no temor ao inimigo
e em cada gesto contido
que o medo nos imprimia.
A lucidez tomou conta
da ilusão que antes existia
Do amor como sentimento único
que a natureza exprimia.


A dureza dessa revelação
se fez sentir na alma
e com ela a pureza
escorreu por entre os dedos.
A maturidade tomou a vez
da inocência perdida
e assim nos tornamos
cada vez mais humanos,
com todas as virtudes e vícios
que um humano pode ter.


Viver, então, tornou-se
uma eterna e incansável luta
entre o bem e o mal.
Contrários que co-habitam
em nosso ser cheio de contradições.
O conflito que essa dualidade gera
nos faz desejar o perfeito equilíbrio
entre esses dois contrários-
- nossa " área de conforto",
que nutre e revigora
o amor que nos deu a vida.



Ianê Mello





Reciclado para " Fábrica de Letras " em 20.01.2010.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Desafio Poético - " Diálogos Poéticos "




Hoje tem um novo desafio no " Diálogos Poéticos " .
É uma proposta de " Prosa Interativa ".


Vamos conferir e participar?...


Encontro com o silêncio








Deixe-me só com meu silêncio
Sozinha eu curo a minha dor
Há palavras que não podem ser ditas
mas apenas sentidas por dentro

Então, deixe estar, compreenda
Preciso da solidão desse momento
para poder voltar mais inteira
Reconstruir meus pedaços...
espalhados pelo chão

Por favor,não me repreenda
No silêncio está a minha resposta
No vazio dentro de mim
e preciso enxergá-lo

São tantas vozes, tantos vultos
Tantos estímulos, tantas visões

Preciso ver a mim mesma,
no meu interno mais profundo
que grita para ser ouvido
sobrepondo os ruídos desse mundo.


Ianê Mello

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Diálogos Poéticos "Louca Obsessão"





Gostaria de convidá-los a  participar  do meu novo blog " Diálogos Poéticos".


Blog criado com o intuito de possibilitar diálogos poéticos através de uma criação interativa entre seus participantes.

Venha nos visitar!


Já contamos com a participação de vários colaboradores.


Essa belíssima pintura do Sr. do Vale foi ilustração da última postagem, a que dei início com um poema.

Curiosos... então esperamos por você lá.
Venham opinar e dialogar conosco.

Grande beijo à todos.


. Ianê Mello

domingo, 17 de janeiro de 2010

Pedido aos seguidores e amigos

Meus seguidores e amigos, gostaria de pedir-lhes um favor.
Fui convidada a fazer parte de uma Antologia Poética e tenho que enviar quatro poemas.
Estou encontrando grande dificuldade em escolhê-los.
É difícil a tarefa de julgar a própria obra.
Para facilitar essa escolha, vou listar aqui alguns poemas e peço que votem em quatro deles.

Desde já agradeço o carinho.



1. A hora da partida
2. Quando a lembrança se desfaz
3. Na retina de meus olhos
4. Poesia que nasce pronta
5. Em várias repartida
6. Versejando flores
7. Nascida para amar
8. Quando a escuridão se faz luz
9. O resgate do humano
10. O estrangeiro
11. Esperança num olhar de criança
12. Ode ao amor universal
13. A triste dor do abandono
14. Dança da alma
15. Alma lavada
16. A queimar de paixão
17. Essa tal felicidade
18. Eu, a outra e os outros
19. O mito de Narciso
20. A flor e o espinho
21. Poesia - Loucura lúcida
22. Reminiscências
23. Poema bailarina
24. Teatro de máscaras

Espero que a tarefa não seja muito árdua.
Aguardo as postagens da votação nos comentários.
Muito obrigada. 


Grande beijo à todos.

sábado, 16 de janeiro de 2010

A Hora Da Partida



 


Como um carinho distraído
chega assim tão de repente
e nos leva pela mão
sem nada mais nos restar
nem mesmo esboçar um não
Como um anjo caído
ela nos quer somente
para cumprir um desejo
que não se pode contestar 
e assim, num lampejo,
vemos nossa sorte mudar
Não há mais tempo para despedida
Não há mais tempo para amar
Só nos resta uma saída
à ela nos entregar,
plácida e mansamente,
em seus frios braços
e num forte abraço
nos deixar ficar

(...) 


             e, enfim, descansar ...            


Ianê Mello

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando a lembrança se desfaz


Pintura de Sr. do Vale




Seu rosto se confunde em minha mente
Lembranças que guardei no inconsciente
Vagas e imprecisas em minha memória
De um tempo em que se fez história

E a distância se fez presente
no momento da partida
e em meio a despedida
o que era tudo ficou ausente

Tento em vão buscar em mim
nos  escondidos recônditos da alma
subterfúgio para a dor que enfim
cede lugar à solidão que acalma

E quanto mais o tempo passa
Olho para trás e acho graça
do que já sofri por amar demais
Amor que já não sinto mais

Hoje, sou minha própria companhia
nessa noite calma e fria
Com o coração sereno
livrei-me do seu veneno

A dor que muito doía
não cabe mais dentro
Em mim que a sentia
encontrei meu próprio centro



Ianê Mello



Diálogo Poético com Machado de Carlos.



Espírito Protetor


Ela vem com singular alegria!
Espalha suas rosas ao amanhecer!...
Enriquece, sem tributos, meu ser,
com a voz afetuosa de um bom-dia!

- De onde vem, anjo, cheio de melodia?!
- Teu verbo harmoniza o meu viver!
Quando a jornada chega ao anoitecer,
Ela vem e abençoa o fim do meu dia!...

À noite, ela volta, e parte pro além!...
Será o sorriso de mais alguém...
Que ainda não tem a luta por vencida.

Outro dia!... Vou atrás da felicidade
Procuro, de novo, a sua bondade!...
- Donde vem esta alma tão querida?!...



Participação de Machado de Carlos.

http://ilove.terra.com.br/autores/texto.asp?idpi=1006



Inspiração: Pintura Sr. do Vale
http://particulasdosentido.blogspot.com

domingo, 10 de janeiro de 2010

Na retina de meus olhos





 Pintura  - Bira Camara



E a imagem da mulher persiste
na retina do meu olhar
Como se frente a mim estivesse
E em minha mente insiste
em presente se fazer
Como se ela soubesse
do desejo em meu olhar
Como se ela pudesse
em minmha mente penetrar
... Seus olhos a me fitar

 

Quase posso sentí-la
Quase possso tocá-la
Sua pele alva e pura
Belas formas de ternura
Formas belas de mirar
E o desejo posso sentir
na boca que se entreabre,
na febre que me arde,
no coração a pulsar
Na paixão que em mim lateja
pungente, quente, ardente

 

Ah! Se essa mulher eu tivesse
em meus braços
por um segundo sequer
eu seria o seu rei
e ela minha rainha
A faria minha mulher
e nada mais existiria
apenas eu e ela
e a calmaria
de dois corpos saciados
deitados, lado a lado,
no amor descansados


Ianê Mello


Reciclado para  Fábrica de Letras  à 10 de janeiro de 2010.

Tema : Beleza


Diálogo poético.Participação especial do meu amigo- poeta.



À Estrela do Infinito


... és fábula, e força desta vida?!
Sou epífita: laço-de-amor ao luar.
Na afasia canto-lhe melodia estelar,
num vinil vivo as ondas vencidas!...

Ao içar idéias ignotas, querida,
anoiteceu no idílio do meu mar.
Dei-lhe o desejoso anel a brilhar,
... e no vídeo estava a saída!

Medito num mundo multicor,
encontro energia do teu amor:
- No número do mesmo azul do Céu!

Como idólatra e lobo a rugir;
construo o castelo para o porvir...
... inquieto, sinto teu favo de mel!



Machado de Carlos

http://ilove.terra.com.br/autores/texto.asp?idpi=2017 



Diálogo Poético. Participação especial da minha amiga-poeta.


Clara Névoa




Se meus olhos enxergassem
através da brancura espalhada
por tua neve que cai até avolumar-
se na altura de meus joelhos

estaria demasiadamente entregue
às tuas províncias lacônicas
que me redescobrem em telas
predominantemente impressionistas.

Se minhas pupilas rasgassem
toda tua escuridão e dilatassem
em pleno breu teu nu, pintar-te-
ia nessa tua pose de Nova Vênus.

Fechando os olhos, concentro-te
em minhas têmporas, e sei que
poderia te ver, não fosse tua ausência
acortinada um palmo à minha frente.



Lara Amaral