Assim meio sem graça
Me quedo em súplicas
Vertigens de uma alma inquieta
Protejo meus olhos as furtivas lágrimas
Na inquietude do olhar que brilha
E já se enamora do que em beleza resplandece
Busco no ardor do momento eterno
Banhar-me em azuis de firmamento
Em luzes tênuas na retina vislumbro
O que de certo um dia escapou de súbito
E no lampejo do que alumia me perco
Em encantamentos de pura alegria
Em refugos de paixão abandonada
Aos braços amados me entrego em prece
Adornando a vida em sonhos rememorados
Salpicados ternamente pela espera
Ianê Mello
(21.05.13)
*
Pintura de Eduardo Argüelles
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