terça-feira, 28 de maio de 2013

APANHADOR DE SONHOS




A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.


Eduardo Galeano




Tudo passa
A tristeza contida
A vida oprimida
Comprimida 
em desenganos
em desafetos

Mas tudo passa
O s amores perdidos
Os carinhos sentidos
As lágrimas derramadas

Continue o caminho
Pés cansados
Corpo suado
Alma inquieta
Mas prossiga...
Não pare!

Caminhar é preciso
às pessoas de bom senso
Viver não é preciso
É impreciso
É tortuoso
É inconstante
É um sobe e desce sem fim

Mas o que vale, meu amigo
É a esperança que brilha
É a beleza do encontro
E a persistência de ser
Hoje e sempre
O apanhador de sonhos.


Ianê Mello



(28.05.13)

*

Pintura  de Ferando Centeno.

4 comentários:

Cristina Lebre disse...

Lindo, Ianê, sua poesia toca fundo o coração, bjssssss, linda!

Dario B. disse...

E que seja sempre fecunda a safra de sonhos para que não nos falte a colheita, e que o cansaço desse lavor nunca nos atinja. Um beijo, Ianê.

Ianê Mello disse...

Obrigada pela presença, querida Cristina. É um prazer recebê-la em meu cantinho. Bjs.

Ianê Mello disse...

Que assim seja, querido amigo Dario. Fico feliz em vê-lo aqui. Bjs.