terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O TUDO E O NADA



O tempo que escoa
como areia na ampulheta
e nele a nossa vida
desfeita em sonhos,
em nossa liberdade despedaçada
na prisão do tempo encarcerada.

E os sonhos tão sonhados
pintamos em aquarelas
em nossa mente que divaga
e em palavras nos perdemos
porque queremos ser Tudo
e naufragamos no Nada.

No vazio da ilusão
buscamos algum alento
e o que nos resta senão
mais um desapontamento.

No Tudo que nós buscamos
não vemos o essencial.
A resposta está tão perto
e nós percorremos mundos
só encontrando desertos.
Enquanto procuramos fora
esquecemos de olhar para dentro.


Ianê Mello

*
Revirando o baú em busca de poemas antigos...
Esse é de agosto de 2011.

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