Escorre mansa
Lânguida serpenteia
Fértil em sua origem
Desabrocha encantos
Tantos a cobiçam
Poucos a possuem
Mulher de poucas intimidades
Recatada em meandros
Enredada em teias sutis
Beleza que se distingue
Em olhares esquivos
Gestos comedidos
Numa altivez de quem teme
Ao amor render seus desejos
No véu que a encobre
Aguarda pacientemente
O homem que virá
E com a delicadeza de um cavalheiro
Pousará nela seus olhos
E através do véu verá
A fêmea que nela se esconde
E com dedos de veludo
Revelará o amor até então resguardado.
Ianê Mello
(18.04.13)
(18.04.13)
3 comentários:
Realmente um excelente poema! Abraços.
Que beleza, Ianê! Quanta sutileza!
Acredito que apenas uma alma feminina transcreve esta imensidão de significados.
Um beijo lírico!
Gilson e Almi, Agradeço pela leitura e comentários.
Um abraço.
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