segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Silêncio como Cúmplice


Silencia toda a dor
acalenta na alma o pranto
não há como o sofrimento expressar
o que um simples olhar denuncia


Tantas vidas aniquiladas
mortes e danos sem par
em nome de um autoritário regime
que não há como suportar


Seres humanos pensantes
rebelam-se e revoltam-se
não conseguem se calar
mesmo que a vida lhes seja roubada


Pela causa que é justa
o sofrer torna-se um nada
Como silenciar o grito
num coração que segue aflito




Ianê Mello


(Inspirado no filme " Cúmplices do Silêncio ")

10 comentários:

Beto Palaio disse...

O que causa dor é saber que toda uma geração foi massacrada por esses açougueiros da ditadura (lá e cá)...

Insana disse...

Eu tambem não sei fazer isto e é por isto que eu stou tão sufocada precisando tanto gritar.

bjs
Insana

Ernâni Motta disse...

Minha amiga, a sua sensibilidade aflora nesse poema. Quanta brutalidade, em uma luta fratricida?
Beijos

Ianê Mello disse...

Ernani,

fico feliz que tenha gostado do poema.
Obrigada pela presença.

Bjs.

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Sensível, delicado... lindos versos! bjs

Ianê Mello disse...

Albuq,

obrigada pela presença e comentário.

Bjs

Marcelo Novaes disse...

Ianê,




O silêncio é uma impossibilidade para alguns. E é necessário que seja.








Um beijo.

Ianê Mello disse...

Sim, amigo, cada qual no seu momento de vida,

Bjs,

Ianê Mello disse...

Beto,


é a mais pura verdade, infelizmente.

Bj grande, querido.

Ianê Mello disse...

É, Insana, compreendo, é muito difícil para alguns.

Mas se precisa, talvez deva começar a gritar.

Bjs querida.