domingo, 16 de janeiro de 2011

HORA DA PARTIDA


Pode ser que na hora H eu desista
mas meus olhos me esconderão a verdade
O rosto coberto por fino tecido
como fina a tecitura de uma vida
Se meus olhos vislumbrassem o que estou a cometer
minha coragem se faria fraca
e meu arrependimento eterno
A água que envolve meu corpo,
fria como a morte que busco,
ao mesmo tempo acalenta essa dor
a dor de não poder mais Ser
O tempo me chegou...
essa é a hora
Preciso ir-me, sem mais demora
Da vida já sorvi o último gole
e o gosto era amargo como fel
Não lamentem minha partida
Foi bem pensada e sentida
O que da vida obtive foi o que pude
No mais, nada me ilude.




Ianê Mello

4 comentários:

Insana disse...

Nao desista.

bjs
Insana

Ianê Mello disse...

Obrigada, querida. Fique com Deus.
Beijo grande.

Marcelino disse...

Gostei do texto, fala de um momento ( a partida) em q o emocional está sempre em evidência, mas fala de uma forma mais racional, mais madura.

Ianê Mello disse...

Obrigada, Marcelino, pela presença e comentário.