onde se esconde o humano
nesse protótipo forjado
em metais aprisionado
em mecânicas alienado?
em automatizados sentires
em sentimentos enlatados
em medos encarcerados
em rancores cibernéticos?
e coração dentro do peito
assim meio que sem jeito
sentindo-se excluído
bate mais forte ressentido
ainda pulsa vivo e aflito
diz que sangra e que sente
assim meio que sem jeito
sentindo-se excluído
bate mais forte ressentido
ainda pulsa vivo e aflito
diz que sangra e que sente
e dentro do peito acusa:
- Ei, aqui ainda tem gente!
Ianê Mello
- Ei, aqui ainda tem gente!
Ianê Mello
(9.03.14)
Um comentário:
Em tempos de Robocop nas telas, fizeste um excelente texto, tanto no aspecto formal qto no conteúdo totalmente antenado com nossos dias. Acho muito legal esse tipo de construção: Tomar um aspecto da realidade (uma música , um filme, uma pintura, etc) e a partir dai construir um poema. Parabens, poeta.
Postar um comentário