Palavras tateiam
no escuro
mãos
em desalinho
no escuro
mãos
em desalinho
o verbo
rasga
o tecido
formas inexatas
textura imprecisa
alinha-se
pulsa a verve
nasce o poema
rasga
o tecido
formas inexatas
textura imprecisa
alinha-se
pulsa a verve
nasce o poema
Ianê Mello
(16.01.13)
*
Pintura de Francine Van Hove
2 comentários:
Boa noite, Ianê. Assim nasce o poema, sem a exatidão que apresentamos a ele, nas formas fracas, no fio a rasgar, tão frágil, mas imensamente forte em si.
Parabéns!
Beijos na alma!
Excelente fim de semana de paz!
Concordo Patrícia ! Assim nasce o poema , de um parto lírico , nossa alma sobrevoa outros lugares , raio e sol caem em nossos mares e veja essa tempestade , veja essa briga , assim nasceu a poesia .
Descreveu muito bem o processo de criação . Abraços !
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