segunda-feira, 30 de maio de 2011

NÓDOA DO TEMPO


Pintura de Gustave Cailebotte


No chão
uma mancha
descorou o sinteco
numa nódoa
presente, constante,
a relembrar algo

O líquido
derramado
já não se faz lembrar,
da memória
já desvanecido

Mas a mancha persiste,
insiste em ser
uma marca
que não há mais jeito
de se extinguir

No tempo que transcorre
em leves ou pesados passos
ali ela sempre estará
e a tudo vê passar


Ianê Mello


6 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Amiga Ianê, bonito o teu post.
Belo poema.
Um grande abraço. Tenha uma ótima semana.

MM - Lisboa disse...

Eu entendo isso!

Ianê Mello disse...

Amigo Dilmar, seu olhar sempre atento. Obrigada pelo carinho. Aceite meu pedido para participar do grupo Diálogos Poéticos. Só preciso de seu e.mail e também quero extender o convite ao grupo do facebook " Livre criar é só criar".

Boa semana.
Namastê.

Ianê Mello disse...

Obrigada pela presença e aquiescê
ncia, MM.

Bjs.

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

é o tempo sempre a nos levar , ele sempre fica, mas sempre nos leva e teu poema nos traz essa saudade do tempo que eramos

Ianê Mello disse...

Que bom, Edinei, que o poema lhe trouxe essa emoção...