quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vida que Devora





Quando caminhava pela estrada escura e fria
não  sabia que rumo tomar
Embriagada por meus próprios  medos e dúvidas
me deixei levar como uma autômata
Andava a esmo, sem direção
Filha de mim mesma
Ser que me tornei
Compreendi toda a dor
da solidão, do abandono
Compreendi todo o amor negado,
arrancado de nós
Quando a vida nos tirou do ventre materno,
ambiente aconchegante e protegido
em que nos sentíamos amados, cuidados

E a vida disse: VAI!!!!
Vai agora para a imensidão do mundo
Vai viver como os humanos vivem
Vai sentir dor, fome, medo, pavor, solidão, desamor
Mas vai, não se demore,  não foge...
Fugir é pior do que morrer

Enfrenta teu medo e te faz forte
Aguenta as dores, as desilusões, "os falsos amigos"
Sim , agora você está só e é tua a opção
Enfrentrar o medo ou entregar-se e morrer
cada dia mais um pouco,
cada vez um pouco mais.



Ianê Mello

5 comentários:

Anônimo disse...

Um poema forte, que mostra a resistência. E a tela, lindíssima, adorei.

Beijos.

Ianê Mello disse...

Que bom vê-la por aqui.
Fico feliz que tenha gostado.

Grande beijo.



PS: vc tem msn. me passe pelo e.mail.

Sr do Vale disse...

Ianê,

Um poema auto-retrato, com as sinuosidades dos caminhos percorridos, e da experiência adquirida.
Um olhar no breu, interrogações, dúvidas, medo. Sensações inerentes na veia dos apaixonados.

Sinto-me como pássaro com um olhar sobre a flor de Venus

p.s.: Bela foto no facebook

Ianê Mello disse...

Sr.doVale,

Suas pinturas de grande sensibilidade, sempre inspiram à poesia.


"Sinto-me como pássaro com um olhar sobre a flor de Venus."

Lindo isso!!!

Obrigada.
Que bom que gostou da foto.

Grande e forte abraço.

Amélia disse...

Gostei muito