quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Espinho da Flor




Quanta dor pelo caminho
Quantas pedras a transpor
Há rosas, mas também há espinhos
Não há como se livrar da dor

Sinta então o perfume da flor
a suavidade de suas pétalas,
sua beleza, sua cor
Observe sua delicadeza
e aos teu olhos ela se tornará
uma preciosa manifestação da natureza

Agora, com cuidado, sinta seus espinhos
São duros, espetam, fazem sangrar
Mas se tocar-lhe com delicadeza,
por respeitar sua existência, não se ferirá

Cultive a rosa que deténs em tuas mãos
Respeitando sua fragilidade
Reconhecendo seus espinhos
E dela usufruirás a beleza
Cada vez mais em teu caminho.


Ianê Mello


9 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

Super doce essas palavras...gostei.


abraços

Hugo

Ianê Mello disse...

Doces como a doçura da flor. Bjs Obrigada.

Jefferson de Anglesorath disse...

Bonito de verdade^^ tinha me esquecido da beleza da rima, você soube usar ela muito bem.
poxa o ritmo parece uma canção que vai embalando as palavras, e esse sino aí tocando deu mo clima :)
além do que foi dito que é uma mensagem bastante importante para a vida de várias pessoas.

Valeu pelo poema!!!
um abraço

Zélia Guardiano disse...

Lindo poema, Ianê! Lindo como tudo que você escreve.
Parabéns!
Grande abraço, querida

Ianê Mello disse...

Jefferson e Zelia,

obrigada pela presença, amigos.

Grande bj.

Marcelino disse...

Belíssima lição poética, Ianê; sei que não tinhas a intenção de dar lições, apenas escrever belezas, mas acabaste de ensinar aos leitores que, no espinho, há tanta beleza quanta nas delicadas pétalas.

Ianê Mello disse...

Marcelino,

excelente sua interpretação.

Bjs.

Akhen disse...

Ianê

A poesia é um labirinto onde, seguindo as palavras, se encontra
o poema. Até numa gota de sangue há poesia.

Paz e Luz no seu caminho

Ianê Mello disse...

Akhen,

bom revê-lo por aqui.
Achei estranho seu sumiço.
Há mais sangue do que se imagina e nem a poesia consegue mais expressá-lo.