quarta-feira, 13 de julho de 2011

O GRITO






O grito preso na garganta
aprisionado na dor
No rosto, o pavor
estampado no espanto
Que visão tão terrível
ameaçaria o encanto
de percorrer novas trilhas
nessa estrada de pedra e sol
No humano que habita
a curiosidade desperta
A vontade de desvendar
mistérios ocultos
Da visão desconhecida
daquilo que se chama vida
resta sorver até o fim
Possibilidades infindas
não dominadas pelo medo
Lançar-se no escuro, no breu
não é sinônimo de loucura
Para viver a vida
é necessária a procura,
a ousadia de ser sem limites
Reagir ao medo que trava
Libertar-se das amarras que prendem
Usar a chave de sua própria prisão
contruída pelo pavor do desconhecido
Liberte-se de si mesmo,
de seu ego, de seu egoísmo
Lembre-se que só você tem a chave
A chave que te prende
é a mesma que te liberta

Ianê Mello


Crédito de imagem: Pintura de Edward Munch

2 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Amiga Ianê, grande poetisa, trabalhaste muito bem este poema.
Um grande abraço.

Ianê Mello disse...

Amigo poeta sempre me alegram comentários assim vindo de você.
Grande abraço.