sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Corações de Pedra


Onde está a paz?

Alguém a viu andando por aí ou perdida em alguma esquina?
Olhamos pra fora, procuramos fora, quando, na verdade, 
é pra dentro que temos que olhar e procurar pela paz.
Isso não está em nenhum livro de auto-ajuda. 
Também não se encontra nas palavras que uma única pessoa
profere, seja através da utilização de uma religião, filosofia,
ou qualquer tipo de "lavagem cerebral".
Também não sei aonde ela está, portanto, não espere que eu te diga.
Bem que eu tenho procurado dentro de mim essa paz tão ansiada,
tão desejada por mim e por todos.
Mas parece que há pessoas que agem de forma totalmente 
contraditória.
Dizem querer paz e só provocam guerra.
Provocam...provocam... cutucam... ferem.... e o que esperam?


Não provocar nenhuma reação?...

Você é de aço?
Eu não...
Tenho nervos e sangue corre em minhas veias.
E como corre sangue em minhas veias!...
Às vezes, esse sangue é tanto que chega a jorrar
e luto para estancá-lo. 

Meu coração é humano,com artérias, veias e tudo 
que dele faz parte e pulsa e bate forte. 
Às vezes tão descompassado que chega a doer.
Meu coração não é de pedra.

Cito aqui  Maiakovski "Comigo a anatomia ficou louca: 
sou todo coração."
Esta citação exprime com perfeição o que quero dizer
aqui e digo.

Sou toda coração, por mais que a razão me acompanhe
e me equilibre.


Não dá pra ficar imune ao que acontece à nossa volta.
Não dá pra fechar os olhos e não ver o que está a um palmo
do nosso nariz.
Não dá pra fingir que não se sente dor.
Não dá pra enganar a fome, nem a sede.
Não dá pra viver pela metade. Ou se vive, ou se morre.
Não dá pra ser morto-vivo, isso é coisa de personagem 
de filme de terror; é ficção.
A vida é real e pulsa a cada minuto, a cada batida do 
meu coração, do seu coração, do nosso coração.
Não se brinca com a vida que a morte é certa e um dia vem.
Não adianta chorar depois... 
mortos não choram, não sentem, não fazem mais nada.
Estão mortos.
E quanto a mim...
ESTOU VIVA!


Ianê Mello

5 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Uma pena que andou sumida do meu espaço e perdão também pela ausencia!

mas, retomo aqui a leitura de seu sensivel blog!

abraço

Ianê Mello disse...

Cristiano,

estou sempre visitando seu blog, mas é difícil postar um comentário.
Desculpe, é falta de tempo mesmo.
Adoro seu blog e tenho seu link no meu, inclusive o selino.
Obrigada pela visita e volte mais vezes.

Bjs.

Mahria disse...

Oi querida
Passando para agradecer sua visita e comentário. Vim conhecer seus blog's gostei de todos, mas esse foi o que mais me identifiquei, por isso vou ficando por aqui.

Beijos
Mah

Machado de Carlos disse...

Musa

Eu queria tanto, tanto, e voei tanto!...
Uma cigana viu no seu cristal...
Ela não teve a idéia do quanto
Sua luz acalmou este vendaval!...

Há felicidade por enquanto;
Vivemos num espaço desigual!
Sei que sofrerei, mas, no entanto,
Achei minha amada; - Ela é Imortal!...

O tempo e o espaço fogem à vontade;
Choro; - Há uma agonia nesta saudade!
- Oh! Lábios de mel: - Como te amo!...

Supero o juízo, fujo à razão;
Levito!... Sinto só o coração!
- Ó meu Céu!... Ó meu Mar!... Como te amo!...

Machado de Carlos

Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2008
Código do texto: T1128166

Anônimo disse...

preguntas, reflexiones; al final, creo como tú que, todos sabes en donde encontrar paz.
besos