sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Vida em Atos


















Máscaras a encobrir nossa face
Criadas pelo medo
que se instala no ser
obscurecido pela ausência
do verdadeiro eu

Emolduram o rosto
e em seu contínuo uso
nele tomam forma
De tal maneira
se incorporam e se amoldam
que torna-se difícil
vislumbrar a face original

No exercício constante do disfarce
a consciência de si mesmo
se perde pouco a pouco

No palco da vida
Personagens assumem seu papel
No diário teatro de máscaras

Ianê Mello
























4 comentários:

Arthur Lima disse...

Fico pensando se de fato existe a face original ou se ela mesma é um reflexo de outras tantas máscaras...
Gostei daqui!
Me senti levitar!
Obrigado!

Wilson Torres Nanini disse...

Um ótimo poema! Enquanto escava uma verdade a questiona. Verdades questionáveis são realmente verdades? As máscaras nos são necessárias? E vamos sendo um outro na ausência da ciência de nós mesmos.

Gisela Rosa disse...

É lindo o seu espaço Ianê, um grande abraço

Ianê Mello disse...

Arthur, Wilson e Gisela Rosa

Agradeço sua visita e fico feliz que me acompanhem pelos labirintos de minh'alma.

Fiquem à vontade para enriquecer meus poemas com suas impressões e sentimentos.


Voltem sempre.

Abraços poéticos.